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Reginaldo SanTana™

Colaborador
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Histórico de Reputação

  1. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de caetano em Guia de hardware iphone   
    iphone 4
    Falso Carregamento!

    Tente o procedimento citado na imagem, mas lembre-se, sem mais proteção, portanto, fique longe de chinese carregadores de baixo custo.



  2. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de dudutama em Guia de Reparos Samsung   
    Samsung G313
    Soluções
    Samsung G313 Campainha Samsung G313 Curto Circuito Samsung G313 Falante Samsung G313 Falso Carregamento Samsung G313 Flash Câmera Samsung G313 Lcd Ligth Samsung G313 Lcd Samsung G313 Microfone Samsung G313 Rede Samsung G313 Sim Samsung G313 Usb Samsung G313 Wifi Bluetooth Samsung G313 Soluções.rar
  3. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Amilton15 em Guia de hardware iphone   
    Iphone 5
    lcd luz não funciona



  4. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de ticotico em Guia de hardware iphone   
    iPhone 4
    Lanterna Câmera Não Funciona
    Flash problemas da câmera
    Hardware Repair Camera Flash Light


  5. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de emersonhcr em Guia de Reparos Samsung   
    Samsung Galaxy S3 i9300
    Soluções


    Botão de Energia
    Câmera
    Carregamento
    Curto
    Dispositivo não Inicializa
    Inserir SIM
    Memory Card
    Problema de Rede
    Problema Headset
    Problema Luz da Tela
    Solução Touch
    Teclado
    Trackballs
    Samsung Galaxy S3 i9300 Soluções.rar
  6. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Cassiojr em Manuais Técnicos LG   
    Lg GU200 Manual TécnicoLg GU200 Manual Técnico.rar
  7. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de calcao em Guia de Reparos Samsung   
    Samsung G313
    Soluções
    Samsung G313 Campainha Samsung G313 Curto Circuito Samsung G313 Falante Samsung G313 Falso Carregamento Samsung G313 Flash Câmera Samsung G313 Lcd Ligth Samsung G313 Lcd Samsung G313 Microfone Samsung G313 Rede Samsung G313 Sim Samsung G313 Usb Samsung G313 Wifi Bluetooth Samsung G313 Soluções.rar
  8. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de schubertsax em TIM Beta ganha pacotes de ligações para números de outras operadoras   
    Por TudoCelular
    TIM realizou uma reformulação de todos os seus planos e ofertas, acabando com a cobrança diferenciada nas ligações entre operadoras, que acabou sendo seguida por outras como a Oi. A operadora passa a oferecer para todos os clientes pré, controle e pós ligações entre outras operadoras sem cobrança da taxa de interconexão. Isso garante que você não terá mais que pagar um valor absurdo por minuto para realizar uma chamada para um número que não pertença à TIM.
    Segundo a empresa, graças à situação de crise econômica, a TIM entendeu que precisava mudar de estratégia e optou por diminuir os preços, reformulando completamente o seu portfólio de ofertas. No caso, a principal mudança é o fim da cobrança diferenciada de chamadas para outras operadoras em todos os planos – um movimento que pode acabar com o hábito de uso de mais de um chip de celular para economizar nas ligações, já que os clientes poderão falar como se estivessem todos em uma só comunidade.

    Agora a novidade também chega ao plano TIM Beta, o mais atraente da empresa para quem busca estar sempre conectado. Atualmente existem três planos: BETA basic, BETA e BETA lab, mas todos eles ganham o mesmo benefício de realizar ligações locais para números de outras operadoras descontando do pacote de voz assinado pelo usuário. A empresa está oferecendo duas opções: um pacote por R$ 4,90 com direito a 20 minutos de ligações e outro por R$ 9,90 com o dobro da franquia. Ambos possuem 30 dias de validade. Assim, se você não usar todos os minutos, acabará perdendo o direito de realizar chamadas até renovar o seu pacote de voz.
    A empresa ainda oferece os mesmos benefícios de antes: ligações para TIM continua com tarifa diária de R$ 0,75 para o Basic, R$ 0,50 para o Beta e R$ 0,30 para o lab. Para ligações para números fixos a tarifa é a mesma para os três planos: R$ 0,60 por chamada. SMS ilimitado continua custando R$ 0,75, R$ 0,50 e R$ 0,30 por dia que usar para cada plano, respectivamente. E por fim, e mais importante, o pacote de internet oferece 10 MB para o plano básico e 100 MB diários para os demais por R$ 0,75, R$ 0,50 e R$ 0,30, respectivamente.
    O Plano TIM Beta já era um dos mais atrativos do mercado, agora com os novos pacotes de voz para ligações entre operadoras, TIM chega trazendo mais um diferencial para os seus clientes. Qualquer dúvida sobre tarifas ou como se tornar um Beta, basta conferir o site da empresa.
  9. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Anderson Vieira em TIM Beta ganha pacotes de ligações para números de outras operadoras   
    Por TudoCelular
    TIM realizou uma reformulação de todos os seus planos e ofertas, acabando com a cobrança diferenciada nas ligações entre operadoras, que acabou sendo seguida por outras como a Oi. A operadora passa a oferecer para todos os clientes pré, controle e pós ligações entre outras operadoras sem cobrança da taxa de interconexão. Isso garante que você não terá mais que pagar um valor absurdo por minuto para realizar uma chamada para um número que não pertença à TIM.
    Segundo a empresa, graças à situação de crise econômica, a TIM entendeu que precisava mudar de estratégia e optou por diminuir os preços, reformulando completamente o seu portfólio de ofertas. No caso, a principal mudança é o fim da cobrança diferenciada de chamadas para outras operadoras em todos os planos – um movimento que pode acabar com o hábito de uso de mais de um chip de celular para economizar nas ligações, já que os clientes poderão falar como se estivessem todos em uma só comunidade.

    Agora a novidade também chega ao plano TIM Beta, o mais atraente da empresa para quem busca estar sempre conectado. Atualmente existem três planos: BETA basic, BETA e BETA lab, mas todos eles ganham o mesmo benefício de realizar ligações locais para números de outras operadoras descontando do pacote de voz assinado pelo usuário. A empresa está oferecendo duas opções: um pacote por R$ 4,90 com direito a 20 minutos de ligações e outro por R$ 9,90 com o dobro da franquia. Ambos possuem 30 dias de validade. Assim, se você não usar todos os minutos, acabará perdendo o direito de realizar chamadas até renovar o seu pacote de voz.
    A empresa ainda oferece os mesmos benefícios de antes: ligações para TIM continua com tarifa diária de R$ 0,75 para o Basic, R$ 0,50 para o Beta e R$ 0,30 para o lab. Para ligações para números fixos a tarifa é a mesma para os três planos: R$ 0,60 por chamada. SMS ilimitado continua custando R$ 0,75, R$ 0,50 e R$ 0,30 por dia que usar para cada plano, respectivamente. E por fim, e mais importante, o pacote de internet oferece 10 MB para o plano básico e 100 MB diários para os demais por R$ 0,75, R$ 0,50 e R$ 0,30, respectivamente.
    O Plano TIM Beta já era um dos mais atrativos do mercado, agora com os novos pacotes de voz para ligações entre operadoras, TIM chega trazendo mais um diferencial para os seus clientes. Qualquer dúvida sobre tarifas ou como se tornar um Beta, basta conferir o site da empresa.
  10. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Thiago Miguel em Guia de Reparos Samsung   
    Samsung Gt-i9190-i9192
    USB charging ways


  11. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Ivan kern nunes em TIM defende que governo pode remanejar uso do espectro para antecipar entrega do 4G em 700 MHz   
    Por TudoCelular
    Há quase um ano, a TIM anunciou que pretende ter conectividade 4G em 700 MHz até as olimpíadas de 2016. A proposta era de agilizar o processo para trazer o mais rápido possível a rede de qualidade aos brasileiros - e visitantes - a tempo para as festividades do evento esportivo. Parece que agora, já bem próximos da data prevista, o plano de expansão da infraestrutura LTE da operadora segue firmemente apesar de provável atraso da entrega da faixa de 700 MHz às teles móveis.
    Esse atraso seria por conta de dificuldades no cronograma de desligamento do sinal analógico de TV, mas de acordo com o presidente da operadora, Rodrigo Abreu, isso deve ter um impacto pequeno porque a TIM realizou um plano agressivo de investimento em 4G para o triênio 2015-2017 com base no uso das faixas de 2,5 GHz e de 1,8 GHz.
    De acordo com o relatório, a TIM diz que impacto no seu plano será pequeno "porque pelo cronograma do edital a faixa só seria entregue após 2017". A operadora, em outubro, alcançou o primeiro lugar em cobertura 4G no Brasil, com um total de 278 cidades cobertas.
    O motivo de otimismo para a entrega da faixa de 700 MHz é porque em algumas regiões ela já pode ser liberada sem a necessidade do desligamento do sinal de TV. O assunto está sendo estudado pelo Gired, grupo de implementação da digitalização formado pelas operadoras que venceram o leilão do 4G nesse espectro.
    Por isso, a TIM defende que o governo pode remanejar as frequências usadas pela radiodifusão em muitas cidades, afim de liberar o espectro. Em certas regiões, basta o remanejamento para a ocupação das frequências. De acordo com o vice-presidente de assuntos regulatórios da TIM, Mario Girasole, pode haver até uma antecipação do prazo, com essa estratégia.
    Segundo fontes da operadora, a empresa está também atenta ao percentual de de 93% dos domicílios aptos a receber o sinal digital, uma vez que esse número precisam também incluir os domicílios com TV por assinatura e recepção via satélite. Apesar do otimismo, a TIM reconhece que o impacto da entrega antecipada para as áreas onde a faixa já pode ser liberada ainda será pequeno, pois as grandes coberturas serão liberadas apenas depois de 2017.
  12. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Ivan kern nunes em Vivo realiza reajuste nos preços de planos pós-pagos e lança novo pacote pré-pago   
    Não apenas os novos smartphones lançados estão sofrendo reajustes de preço e passando da casa dos R$ 4 mil reais, mas as operadoras de telefonia estão fazendo alguns reajustes nos valores cobrados de planos pós-pagos. A Vivo vem fazendo isso de forma discreta ao informar aos seus clientes que a partir de novembro a empresa aplicará novos valores pelos planos SmartVivo, como pode ser visto abaixo:
    SmartVivo 1 GB: de R$ 99,99 para R$ 108,82 SmartVivo 2 GB: de R$ 169,99 para R$ 185,00 SmartVivo 4 GB: de R$ 259,99 para R$ 282,95 SmartVivo 6 GB: de R$ 349,99 para R$ 380,90 SmartVivo 8 GB: de R$ 439,99 para R$ 478,85 De forma geral, a operadora passará a cobrar um valor médio acima de 8% no próximo mês. E não apenas os valores dos planos estão mais salgados, mas a companhia também fez um reajuste no serviço MultiVivo, que permite compartilhar os minutos e dados do seu plano com outro membro da família, passando de R$ 49,99 para R$ 54,99. Mesmo que você seja um cliente antigo da empresa e esteja há muito tempo com seu plano SmartVivo, a companhia também está informando quais serão os preços praticados como pode ser visto em documento liberado pela Vivo. Todos os novos valores já entram em vigência a partir do próximo dia primeiro.
      A Vivo sempre foi a empresa de telefonia com os valores mais altos nos planos pós-pagos e com este reajuste não ajuda em nada a situação da operadora. No entanto, esta não é a única novidade. Para os clientes pré-pagos a empresa está lançando uma nova oferta que incorpora 15 MB de internet com 300 torpedos para Vivo e mais 15 SMS para outras operadoras por R$ 0,99 diários. Este pacote não é para quem faz muitas ligações, onde a mesma oferece uma segunda opção que traz 15 minutos de ligações diárias, sejam locais ou de longa distância para celulares da Vivo pelo mesmo valor.
    O novo pacote pode até parecer mais interessante, mas para aqueles que usam internet diariamente é mais vantajoso investir em um pacote mensal que oferece uma maior quantidade de dados para navegar ou mesmo o Vivo Tudo, planos semanais da empresa que oferece chamadas, mensagens e internet. Infelizmente, a mesma ainda continua se negando a lançar pacotes mais generosos de navegação para clientes pré-pagos.
  13. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Wellington Maciel™ em Vivo realiza reajuste nos preços de planos pós-pagos e lança novo pacote pré-pago   
    Não apenas os novos smartphones lançados estão sofrendo reajustes de preço e passando da casa dos R$ 4 mil reais, mas as operadoras de telefonia estão fazendo alguns reajustes nos valores cobrados de planos pós-pagos. A Vivo vem fazendo isso de forma discreta ao informar aos seus clientes que a partir de novembro a empresa aplicará novos valores pelos planos SmartVivo, como pode ser visto abaixo:
    SmartVivo 1 GB: de R$ 99,99 para R$ 108,82 SmartVivo 2 GB: de R$ 169,99 para R$ 185,00 SmartVivo 4 GB: de R$ 259,99 para R$ 282,95 SmartVivo 6 GB: de R$ 349,99 para R$ 380,90 SmartVivo 8 GB: de R$ 439,99 para R$ 478,85 De forma geral, a operadora passará a cobrar um valor médio acima de 8% no próximo mês. E não apenas os valores dos planos estão mais salgados, mas a companhia também fez um reajuste no serviço MultiVivo, que permite compartilhar os minutos e dados do seu plano com outro membro da família, passando de R$ 49,99 para R$ 54,99. Mesmo que você seja um cliente antigo da empresa e esteja há muito tempo com seu plano SmartVivo, a companhia também está informando quais serão os preços praticados como pode ser visto em documento liberado pela Vivo. Todos os novos valores já entram em vigência a partir do próximo dia primeiro.
      A Vivo sempre foi a empresa de telefonia com os valores mais altos nos planos pós-pagos e com este reajuste não ajuda em nada a situação da operadora. No entanto, esta não é a única novidade. Para os clientes pré-pagos a empresa está lançando uma nova oferta que incorpora 15 MB de internet com 300 torpedos para Vivo e mais 15 SMS para outras operadoras por R$ 0,99 diários. Este pacote não é para quem faz muitas ligações, onde a mesma oferece uma segunda opção que traz 15 minutos de ligações diárias, sejam locais ou de longa distância para celulares da Vivo pelo mesmo valor.
    O novo pacote pode até parecer mais interessante, mas para aqueles que usam internet diariamente é mais vantajoso investir em um pacote mensal que oferece uma maior quantidade de dados para navegar ou mesmo o Vivo Tudo, planos semanais da empresa que oferece chamadas, mensagens e internet. Infelizmente, a mesma ainda continua se negando a lançar pacotes mais generosos de navegação para clientes pré-pagos.
  14. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de lindkley lins resende em Guia de Reparo Tablets.   
    Samsung sm-T210
    Botão Power





    Samsung Gt-P3100
    Carregamento


  15. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de luis carlos furtado em Guia de reparos LG   
    LG E730/E739
    Power Button

  16. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Jefferson Silva Rosario em Guia de Reparos Samsung   
    Samsung i8552
    Carregamento problema



  17. Obrigado
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de tobito70 em Como soldar componentes eletrônicos   
    Por Vinícius Karasinski


    Fazer uma solda de qualidade é um processo que exige um pouco de prática, mas não se trata de algo impossível. Basta ter os materiais corretos e um pouco de boa vontade para aprender.
    Os itens necessários para executar uma boa solda podem ser adquiridos em qualquer loja de componentes eletrônicos. O custo do conjunto não é alto e, se você for cuidadoso, terá o equipamento por muito tempo.

    Ferro de solda
    Existem diversos modelos de ferros de solda disponíveis no mercado, desde os mais simples até mesmo os mais complexos e com mais recursos. Nós vamos trabalhar com um modelo básico, com 30 W de potência. O custo de um equipamento como esse fica na faixa de R$ 25. Com ele, você pode executar soldas na maioria dos componentes eletrônicos sem maiores dificuldades.



    Preste atenção na ponta do ferro de solda: ela não está prateada por causa do contato com o estanho. Seu aspecto é esse por ela ser revestida com níquel — isso garante uma solda rápida e sem falhas.

    Evite comprar ferros de solda de má qualidade, principalmente aqueles encontrados em lojas de R$ 1,99 ou similares. Alguns equipamentos, além de não esquentarem o suficiente, podem até mesmo explodir e lhe causar ferimentos. Essa definitivamente não é a hora de economizar.

    Solda (estanho)
    A solda é formada basicamente por estanho e chumbo, além de outros componentes em menor quantidade. Por isso, em alguns lugares, é comum ouvir o termo “estanhar” ao se referir à solda de eletrônicos.



    Curiosidade: alguns países proibiram a mistura de chumbo na fabricação dos componentes eletrônicos devido ao seu potencial poluidor. Isso pode fazer com que algumas soldas fiquem mais frágeis.

    Pasta de solda e fluido de solda
    A pasta para solda serve para “melhorar” as superfícies que serão presas. Se você já tentou soldar algum componente sem ela, certamente você já sofreu com a solda líquida escorrendo para os lados e grudando onde não deveria. A pasta de solda faz com que o estanho grude no metal com maior facilidade, direcionando a solda para o local correto e mantendo tudo mais firme. O ideal é utilizar um pincel pequeno para espalhar a pasta sobre os componentes.



    O fluxo de solda possui a mesma função que a pasta de solda, porém ele é recomendado para a utilização em componentes eletrônicos menores, principalmente quando falamos de placas-mãe e chips com contatos muito pequenos. Geralmente utilizamos uma seringa para aplicar o fluxo.

    A maioria das soldas vendidas nas lojas de eletrônicos possui em sua composição um pouco de pasta de solda. Por isso vemos a fumaça saindo quando soldamos algum componente, já que o derretimento do estanho, por si só, não solta fumaça. Apesar disso, é imprescindível aplicar um pouco de pasta/fluxo nos componentes na hora do trabalho.

    Sugador de solda e malha para dessolda
    Caso você precise retirar algum componente ou até mesmo remover o excesso de solda de algum lugar, você pode utilizar o sugador de solda.

    Como é preciso remover a solda enquanto ela está quente e em estado líquido, a ponta da ferramenta é revestida com uma proteção de silicone e resiste bem ao calor. Caso o bico do seu sugador tenha ficado danificado com o tempo, é possível adquirir uma ponta nova separadamente.



    Já a malha para dessoldar é geralmente utilizada em circuitos impressos onde os pontos são muito próximos uns dos outros. Trata-se de uma grande quantidade de fios de cobre entrelaçados como se fossem um tecido. Você deve colocar a malha sobre a solda a ser removida e aquecê-la com o ferro de solda.

    Como limpar o ferro de solda
    Para garantir que a solda seja bem executada, você deve manter a ponta do ferro sempre limpa. Para fazer isso, algumas pessoas utilizam uma lixa. Entretanto, tal procedimento não é recomendado, pois remove a cobertura de níquel da ponta da ferramenta, danificando o componente.

    O ideal é utilizar uma esponja de aço, daquelas específicas para limpar panelas de inox, que são mais macias do que bombril comum. É possível colocar ela dentro de um vidro pequeno e, desta maneira, você pode remover o excesso de solda da ponta do ferro enquanto ele ainda está quente, sem que você corra o risco de se queimar.



    Outro passo importante é, após remover o excesso de solda do ferro, limpar a ponta dele em uma esponja com água. Algumas estações de solda profissionais trazem um espaço com uma esponja especial para esse propósito, mas nada impede você de utilizar uma comum, dessas de cozinha mesmo — mas sempre do lado mais macio.



    Procure fazer esse processo de limpeza sempre que for soldar um novo componente. Isso evita que impurezas contaminem o processo, gerando a temida “solda fria”.

    Soldando
    Agora que você já conhece todo o material, vamos ao trabalho.

    Depois de separar os componentes que você pretende soldar, verifique se as superfícies que serão soldadas estão bem limpas, pois o pó e a gordura prejudicam a qualidade do trabalho.

    Primeiramente, encaixamos bem os componentes na placa. Veja que a maioria possui as perninhas maiores do que o necessário. Graças a isso, você pode encaixá-los na superfície e dobrar as hastes de metal para mantê-los no lugar até que a solda seja feita.



    Agora, com um pincel fino, passamos um pouco de pasta de solda na placa, onde os componentes serão soldados. O próximo passo é remover o excesso de sujeira da ponta do ferro com a esponja de aço e, posteriormente, com a esponja molhada. Por fim, tocamos a região que será soldada com o ferro de solda para aquecê-la e encostamos o estanho no local. Uma pequena quantidade de solda deve escorrer para o local correto. Remova o ferro de solda e pronto. Em poucos segundos, a solda esfria e a peça está firme no lugar.

    Quando vamos prender itens maiores, como um fio, por exemplo, é possível estanhar o fio e o local de solda. O procedimento é o mesmo: com o pincel, passe um pouco de pasta de solda nas duas partes que serão unidas. Logo em seguida, encoste o ferro de solda e o estanho em cada uma das peças. Depois, posicione o fio na placa onde ele será preso e, com o ferro de solda, derreta o estanho das duas peças de uma vez só, unindo tudo.



    Veja quando tentamos arrancar o fio: mesmo fazendo muita força, ele não se desprende do local.

    Soldando componentes menores
    Vamos aprender a soldar componentes muito pequenos. Perceba que esse chip possui os contatos todos muito próximos uns dos outros. A pasta de solda cobriria todo ele, prejudicando o seu funcionamento. Portanto, vamos utilizar o fluxo de solda. É comum utilizar uma seringa para aplicar o fluxo, já que precisamos de apenas uma gota sobre os componentes.



    O procedimento é similar ao anterior: estanhamos o fio, o posicionamos sobre a perninha do chip e, com o ferro de solda, derretemos o estanho, unindo as duas peças. Esse processo requer um pouco de concentração. Se você aplicar muita força, pode danificar os contatos do eletrônico.

    Removendo a solda detonada
    Veja como está essa solda: grande, desajeitada, quebradiça e sem brilho. Quando isso acontece, a chamamos de “solda fria”. Além de grande demais, ela vai se quebrar em pouco tempo. O ideal é remover tudo com o sugador de solda e refazer todo o trabalho.

    Primeiramente, encostamos o ferro de solda no estanho para amolecer. Logo em seguida, posicionamos o sugador e puxamos o material derretido. Não se esqueça de limpar a ponta do ferro depois disso.



    Um detalhe importante: o excesso de pasta de solda deve ser removido depois. Para fazer isso você pode utilizar um pedaço de papel toalha.

    Ao soldar os componentes, procure sempre fazer isso em um ambiente limpo e arejado, pois o material solta fumaça que pode fazer mal.

    Caso você esteja aprendendo a soldar, procure uma placa-mãe de computador antiga. Ali você deverá encontrar uma infinidade de componentes que podem ser removidos e soldados novamente. Isso é muito útil para aperfeiçoar a sua técnica. Em pouco tempo, você estará fazendo soldas profissionais.
  18. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de joalison em Guia de Reparos Samsung   
    Samsung c3303k
    solução auto champ de carga.

    Em samsung c3303k algum tempo devido a problema de eletricidade que mostram reparação auto charging.For esse tipo de problema basta remover problema auto marcada capisitor carregamento será solved.In alguns bordo, s houver 2 capisitor na área marcada, apenas retirá-los e verificá-lo vai parar de auto carregamento de 100%.





  19. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Anderson Vieira em Quem é o culpado pelos preços absurdos: o governo, as empresas ou nós mesmos?   
    Via TudoCelular
    Para todo mundo que já comprou um celular por meios oficiais no Brasil, isto é, fora do mercado “cinza” ou de promoções adquiridas juntamente com os planos de operadoras de telefonia, não é difícil notar que os preços praticados no país são extremamente elevados. O problema vai muito além dos preços de telefones, atingindo quase todas as categorias de bens compreendidos como não essenciais, como produtos eletrônicos em geral, carros, videogames e outros tipos de importação.
    O TudoCelular decidiu fazer este artigo para esclarecer um pouco o porquê deste fenômeno. Muitas pessoas colocam os altos preços na conta dos impostos praticados aqui, mas isto nem sempre é verdade, ainda que os mesmos certamente contribuam para o famoso “preço Brasil”. Vale lembrar, no entanto, que existem tantos produtos e situações que mostram que o problema é muito maior do que as taxas cobradas pelo governo, como as empresas que praticam taxas de lucro muito maiores do que o aceitável, além da criação de uma dita cultura de luxo no país, ambos os fatores são tão relevantes quanto os impostos que pagamos na aquisição de nossos produtos.
    Esperamos ser capazes de sanar as principais dúvidas que os consumidores ainda possuem sobre o preço dos seus produtos, e quem sabe conscientizá-los sobre como combater melhor a prática que levou a imposição destes padrões de preços por aqui.
     
    O iPhone mais caro do mundo?
    Ainda que o iPhone seja um excelente medidor de preços ao redor do mundo, existe hoje um mito frequentemente perpetuado por diversos sites de que o Brasil é o local do mundo que mais se paga por um iPhone. Ainda que o celular da Apple esteja longe de ser barato no Brasil, o preço aqui não se aproxima daquele praticado em diversas outras nações. Se nos atermos apenas ao países que fazem fronteira conosco, um pouco de pesquisa vai mostrar que é um iPhone de modelo recente na Argentina custa cerca de 3.500 dólares (quase 10 mil reais), no Uruguai seu preço fica por 1600 dólares (quatro mil reais, um pouco acima do preço brasileiro), já na Venezuela o preço realmente atinge patamares assustadores, chegando a custar 47 mil dólares. Na América do Sul, o menor preço para um celular desta marca é apresentado no Chile, onde um iPhone é vendido por cerca de 700 dólares.
    Apesar de não ser o mais caro do mundo, como mentem muitas publicações, isso não significa que o preço deste celular no Brasil não seja caro, muito pelo contrário, ele absolutamente foge da linha do custo/benefício por aqui. Especialmente quando levamos em conta que a Apple não se preocupa em absorver nem um pouco da carga tributária, e incentiva a prática das altas taxas de lucro no Brasil. Esse é talvez o principal motivo pelo qual o país é um dos maiores mercados de Android do mundo inteiro.
     
    Entendendo os impostos
    Conforme é anunciado por toda indústria e muitos especialistas, um dos vilões do preço são os impostos sobre os produtos, que chegam a 33% no Brasil, enquanto nos Estados Unidosvariam de 5% a 9,5%, dependendo do Estado. E essa regra vale para outros eletrônicos.
    Além das alíquotas colossais, a quantidade de taxas também pesa. São pelo menos seis sobre produtos do dia a dia (PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS e Cide). E cada um multiplica os tributos anteriores. Funciona assim: um aparelho de TV é taxado na saída da fábrica com Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e, ao ser vendido pelo comércio, paga Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) calculado sobre um preço já tributado. Resultado: carga tributária de 45% nos telões.
    Quais os tributos que incidem sobre a importação de produtos e serviços no Brasil?
    1. II (Imposto sobre Importação) - calculado sobre o valor aduaneiro, com alíquotas variáveis.
    2. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - calculado conforme a Tabela do IPI.
    3. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), alíquota variável segundo as alíquotas vigentes no Estado em que o desembaraço aduaneiro é procedido.
    4. PIS (Programa de Integração Social) - Importação (Lei 10.865/2004) - alíquota geral de 1,65%, existindo alíquotas específicas para determinados produtos.
    5. COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) - Importação (Lei 10.865/2004) - alíquota geral de 7,6%, existindo alíquotas específicas para determinados produtos.
    6. ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) - alíquota de 5% sobre a importação de serviços provenientes do exterior do País, especificados na Lei Complementar 116/2003.
    7. IOF - Imposto sobre Operações de Câmbio – Este imposto incide sobre a compra de moeda estrangeira, na liquidação da operação de câmbio para pagamento da importação de serviços, devido à alíquota de 0,38%.
    Além dos tributos acima citados há incidências de taxas como o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004 e tarifas aduaneiras.
    Esse velho companheiro do cotidiano brasileiro é provavelmente o primeiro responsável pelo encarecimento do iPhone no país. Só no estado de São Paulo, o total de impostos incididos no iPhone é de 46.76%. Importante lembrar que esse valor vai variar entre 7% e 18% de acordo com a região do país, pois o ICMS tem custos diversos nos Estados. Além disso, existe a cobrança de PIS, de 1.65%; do COFINS, de 7.6%; do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de 10%; e outros impostos diversos, como INSS, FGTS, Imposto de Renda, contribuição ao Senai, dentre outros, que somados equivalem a 9.51%.
    Apesar do alto custo dos impostos, eles nem de perto são capazes de justificar o preço absurdo dos produtos no Brasil. Temos muitas coisas que devem ser levadas em conta também, e outros setores fora do mundo dos celulares podem servir para nos dar o exemplo perfeito deste problema.
     
    Tablets e o incentivo Brasileiro (A Lei do Bem)
    Ano passado o governo decidiu prorrogar para o fim de 2018 a desoneração de computadores, notebooks, tablets, modems e smartphones. A medida foi criada pela “Lei do Bem”, que zerou a alíquota de PIS/Cofins, de 9,25%, que incidia sobre a venda desses equipamentos no varejo. Com a desoneração, os varejistas pagam menos impostos e podem vender os eletrônicos a preços menores.
    A lei, instituída pelo governo federal em 2011, não desonera os fabricantes, que seguem pagando os mesmos tributos de antes. Apesar disso, para eles, a medida é muito vantajosa uma vez que possibilita a queda de preço e o aumento das vendas.
    O ministério também destaca que a medida é benéfica no sentido de estimular a formalização do mercado de trabalho do setor. "Esse programa teve grande efeito de combate à informalidade e ao contrabando", afirmou o secretário do Ministério da Fazenda em entrevista à Folha de São Paulo.
    Esta lei nos forneceu um ótimo exemplo na hora de mostrar que os impostos não explicam, por si só, a razão dos altos preços no Brasil. De acordo com o subsídio dado aos tablets, pela “Lei do Bem”, e com isenção de PIS/Cofins e redução de IPI se montados no Brasil, os preços deveriam ter caído de forma considerável, e isso não aconteceu. Mesmo a pequena queda no período esteve muito mais ligada à concorrência entre as empresas do que a redução nos impostos.
    Em muitos casos o preço se manteve ou até mesmo aumentou. O iPad é o principal exemplo: a Foxconn recebeu incentivos fiscais para fabricar produtos da Apple no país. No entanto, o preço do iPad 3 não caiu nas lojas que vendiam o modelo brasileiro. Pior: o iPad 4 fabricado por aqui foi vendido por um preço até R$300 mais caro que o antecessor. Até o iPad 2 ficou mais caro na Apple Store online! Como explicar este fenômeno? Um aumento alto de preços no mesmo ano que estes produtos chegaram ser exonerados em até 15% pelo governo? Mais uma vez todo tipo de redução de impostos parece ter sido engolida pela tendência das empresas de praticar uma das maiores margens de lucro do mundo. E este problema fica ainda mais gritante quando olhamos para indústrias mais consolidadas, como as montadoras de carros.
     
    O caso dos carros e suas margens de lucros 3 vezes maiores
    Não é apenas no caso dos eletrônicos que o Brasil apresenta este problema de preços, a indústria automobilística também vende alguns dos carros mais caros do mundo no país, apesar de tentativas frequentes do governo de abaixar os impostos. Quando o Brasil começou a produzir os primeiros automóveis localmente, as fábricas argumentavam que seria impossível produzir um carro barato. Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores.
    Nos dias de hoje, o Brasil se encontra como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3,638 milhões de unidades por ano. Temos que nos questionar se três milhões e meio de carros não seria um volume suficiente para baratear esta indústria? Como os veículos brasileiros podem ser vendidos mais baratos no México do que aqui, aonde eles foram criados?
    É importante lembrar que também nessa indústria o imposto era apontado como o eterno vilão. Entretanto, ele caiu nos últimos anos. Em 1997, um carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100cv (o 2.0) recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool). Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool.
    Hoje este quadro é muito mais favorável, o carro 1.0 recolhe 27,1%, a faixa de 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina e 29,2% para motor a álcool. E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto é de 36,4% para carro a gasolina e 33,8% a álcool. Apesar do carro popular ter ganho um acréscimo de 0,9 ponto percentual na carga tributária, todas as demais categorias diminuíram dramaticamente seus impostos: o carro médio a gasolina paga atualmente 4,4 pontos percentuais a menos.
    Os carros tem sido muito beneficiados durante os anos de governo petista, enquanto a carga tributária total do País, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, aumentou de 30,03% no ano 2002 para 35,04% em 2012, o imposto sobre veículo não acompanhou esse aumento, reduzindo seu custo total a cada ano. Nem contamos neste caso com as ações deliberadas do governo para incentivar o país durante a crise econômica, como a redução do IPI (e sua completa exclusão no caso dos carros 1.0). A política de incentivos que começou em dezembro de 2008 conseguiu reduzir o preço do carro em mais de 5%, mas esse benefício nunca chegou ao consumidor.

    Como explicar este problema? As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Segundo uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, as empresas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes, já que, no geral, a margem de lucro é três vezes maior que em outros países.

    O Honda City é um dos melhores exemplos sobre o que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil. Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil. Restam portanto R$ 20,3 mil.
    Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%). A soma dá R$ 40.692,00. Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o “Lucro Brasil” (adicional) é de R$ 15.518,00, os R$ 56.210,00 do preço vendido no Brasil menos os R$ 40.692,00 do. preço de fabricação mais impostos.
    Segundo o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pelo mercado. Para ele o que vale é o "valor percebido pelo cliente". Em uma entrevista com o UOL ele esclareceu um pouco a dinâmica dos preços para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil:
    Por ser um mercado ainda mais antigo do que o de celulares e eletrônicos, estas práticas perversas demonstram o verdadeiro fator que afeta os altos preços no país, o dito “Lucro Brasil”.
     
     
    Razões do “Lucro Brasil”
    Podemos perceber que é evidente que o discurso “a culpa é dos impostos” é uma grande furada, então de quem é a culpa deste terrível elemento que é o lucro Brasil? A verdade é que ele é composto de diferentes problemas, mas não podemos negar que nós como consumidores somos uma parte relevante da equação.
    Há cerca de dois anos atrás, eu trabalhava como jornalista na França e tive uma chance muito especial de ver claramente um exemplo vivo desta cultura de preços por aqui. Naquela ocasião, a banda Garbage estava com uma excelente turnê mundial que revisitava os principais sucessos de seus quase 20 anos de carreira. Por uma feliz coincidência, a banda tocou em minha cidade (Lyon), cerca de duas semanas depois de passar pelo Rio de Janeiro, aonde tantos dos meus amigos foram prestigiar o show.
    Trata-se da mesma banda, fazendo a mesma turnê, com o mesmo número de técnicos e músicos e uma casa de shows muito similar em tamanho e estrutura. A diferença era o preço de entrada, lembro que paguei cerca de 20 euros (cerca de 65 reais em 2013) na ocasião, enquanto a maioria dos meus amigos no Rio tiveram que desembolsar um valor entre 200 e 300 reais, sem contar todas as dezenas de subdivisões como pista e “pista prime” que também não existiam na versão francesa do show.
    Outra diferença marcante? O show do Rio teve todos os seus ingressos vendidos com várias semanas de antecedência. No caso de Lyon, que apesar de ser uma cidade bastante grande para o padrão Europeu, era fácil notar que o espetáculo não chegava nem mesmo perto da lotação da casa. A conclusão dessa pequena história? Os brasileiros sempre pagam os altos preços que lhe são demandados? Como podemos reclamar que todos os shows de música no país chegam atualmente por aqui custando quantias absurdas, muitas vezes na casa dos quinhentos reais, quando todos eles têm seus ingressos esgotados?
    O mesmo vale para todos os outros absurdos. Um dos motivos mais relevantes do porquê iPhones, Playstations 4 e tablets aparecem por aqui custando o triplo de seu preço inicial, às vezes na casa dos quatro mil reais, é porque existem muitas pessoas que os pagam neste patamar.
    No caso do telefone da Apple, sabemos que ele é um objeto de desejo da maioria dos usuários brasileiros, e o brasileiro não só deseja, como compra o iPhone. Vale lembrar do que acontece todas as vezes que um desses produtos tem o seu lançamento oficial no Brasil: os seus primeiros estoques são esgotados rapidamente, com uma nova remessa sendo enviada somente depois de semanas. Isso que nos leva a velha fórmula: uma grande procura ao lado de pouca oferta é sinônimo de preços altos.
    Aqui vivemos a ideia plena do consumo de luxo. Onde o potencial “hype” que um produto possui, o valoriza no mercado a tal ponto que ele acaba por atingir os preços absurdos praticados aqui. A estratégia vem funcionando ao longo dos lançamentos de novos iPhones. Esta é, em nossa opinião, a raiz dos preços mais altos. O site The Verge, em entrevista com o antropólogo José Carlos Aguiar, já falou sobre esse fator no caso brasileiro:
    O que nos traz ao maior problema do lucro Brasil. Se as pessoas continuam consumindo estes produtos a um custo absurdo, para que baixar o preço? E na medida em que estes produtos existem justamente para representar status, não há muito sentido em deixá-los mais barato. Nada reforça mais esta visão do que a prática cada vez mais comum de alugar iPhones no Brasil para ir à balada. Este é exatamente o tipo de postura por parte dos consumidores que permite que os preços fiquem lá no alto.
    Sabemos que a distribuição de renda no Brasil ainda é uma das piores no mundo inteiro. A sua grande concentração é a maior responsável pela valorização de status nas compras. Vivemos em um país onde as diferenças são demarcadas através do consumo, mesmo que para isso tenha que se pagar mais. Comprar determinado carro, celular ou iogurte no Brasil é algo que “separa” seus consumidores das classes sociais que se encontram “abaixo” deles.
    O antropólogo Roberto Da Matta deu uma entrevista à revista Trip na qual ele fala como o Brasil está importando o modelo americano de consumo excessivo, mas mantendo a desigualdade no país:
     
    Governo também tem culpa no Lucro Brasil
    Apesar de tudo isso, não podemos colocar toda culpa do “Lucro Brasil” apenas nas empresas inescrupulosas e nos consumidores de classe média que perseguem um status diferenciado do resto da massa. Existem outros fatores que incidem sobre estes problemas, como o protecionismo e a burocratização do processo empresarial no Brasil.
    Tivemos sorte nos últimos anos com o fortalecimento da economia, que aumentou a competição graças à crise no mundo desenvolvido e estimulou as empresas a buscarem os grandes mercados emergentes. Também não podemos esquecer o forte crescimento do consumo no país impulsionado pelo aumento da renda e do crédito, resultados das políticas petistas de crescimento da Classe C. Estes fatores criaram um mercado maior e foram vitais em reduzir um pouco as margens de lucro.
    Apesar disso, ainda vivemos em um país com uma burocracia absurda, corrupção, carga tributária elevada, regime tributário complexo, infraestrutura ruim, uma mão de obra cara e de pouca especialização, além de outros tantos problemas. Todos eles dificultam muito a criação e chegada de empresas por aqui, aumentando o risco de seus investimentos. A consequência direta do crescimento do risco é a diminuição da competição. Obviamente, sem competição as empresas que monopolizam o mercado sobem seus preços e aumentam margens de lucro encarecendo os produtos.
    Existem poucas soluções para reduzir margens e preços. O governo precisa eliminar a burocracia e simplificar a legislação. Deve ser mais fácil criar e consolidar pequenas empresas no Brasil, desta maneira, estimulando a competição. É importante também garantir que uma ampla reforma tributária aconteça no país, uma que desonere o número de impostos sobre produto e se foque mais nos impostos de renda (e ainda outros impostos relevantes, como a taxação de grandes fortunas) de modo que o Estado continue viabilizado e preocupado com a justiça social, mas o mercado seja um pouco mais flexível para o comércio, incentivando investimentos diversos. O benefício será dos consumidores que poderão ter acesso a produtos com preços mais justos com mais frequência.
    Talvez nunca cheguemos ao mesmo preço dos Estados Unidos. Os países da Europa Ocidental, por exemplo detém o título de mantenedoras dos iPhones 6 mais caros do mundo, enquanto eles não são lançados oficialmente nos países em desenvolvimento. A França em particular tem sido apontada como o local mais caro para se comprar este dispositivo no momento. Apesar disso, graças ao alto salário mínimo local e o extenso trabalho do estado francês para garantir os direitos de seus residentes, a maioria dos franceses pode comprar um iPhone sem sentir o impacto do preço elevado dele em seu dia a dia.
    Torçamos para que estas medidas sejam implementadas de forma que os brasileiros finalmente consigam comprar celulares e outros produtos à custos similares ao mercado europeu que, apesar de mais caros do que os praticados nos Estados Unidos, levam em conta todas as necessidades de um estado como o Brasil, que deve se manter comprometido com o bem estar de seus cidadãos e a justiça social.
    Autoria de Felipe Velloso
  20. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Anderson Vieira em Novos planos de 25 e 35 Mbps do Oi Velox já estão disponíveis   
    No último mês a OI tinha revelado que a empresa iria dar uma reformulada em seus planos através de um processo de reestruturação interna. Com isso, a companhia deseja voltar a crescer no segmento de internet banda larga ao estrear um novo backbone ótico que será capaz de levar a tecnologia VDSL com velocidade de até 35 Mbps para clientes residenciais. Além disso, planeja ampliar a base de acessos de fibra até a residência (FTTH) durante o segundo semestre para clientes finais e lançando o GPON corporativo.
    Entre as novidades, a empresa irá oferecer novas velocidades para o Oi Velox que irão de 20 a 35 Mbps. Atualmente, na maior parte das cidades onde a empresa opera, a velocidade máxima disponível é de apenas 15 Mbps, muito abaixo do que suas concorrentes vêm oferecendo atualmente com planos além de 100 Mbps. Já a oferta corporativa planeja reduzir custos no acesso à rede e é destinado principalmente às pequenas e médias empresas.
    Como usual, a Oi continuará usando a tecnologia VDSL para aproveitar toda o cabeamento da empresa. Com isso, a taxa de upload ficará limitada a 3 Mbps para os novos planos, que estará disponível nos 503 municípios onde a Oi oferece banda larga atualmente. Para conferir se a sua cidade está dento desta lista, basta acessar o site da companhia. No entanto, é bom lembrar as novas velocidades de 25 e 35 Mbps só estão disponíveis para algumas cidades, mas Oi informa que em breve irá ampliar a quantidade de ofertas.

    Os preços variam para cada região, mas podemos esperar os seguintes valores médios: 20 Mbps e 25 Mbps custam R$ 79,90 e 35 Mbps saem por R$ 89,90, ambos no combo com telefone fixo. Se você quiser contratar a banda larga avulsa, os valores sobrem para R$ 138,07 e R$ 148,07, respectivamente. Esses valores são mediante fidelização por 12 meses. A tecnologia VDSL exige um modem específico, que será distribuído gratuitamente pela operadora e tem Wi-Fi integrado.
    Se você já conta com o Velox e deseja descobrir se as novas velocidades estão disponíveis para você, confira a página de migração de planos da companhia. Para quem mora em Belo Horizonte já poderá aproveitar as novas ofertas da Oi. Aqueles de outras regiões terão que esperar mais um pouco. Até o final de 2016, Oi espera que a novidade esteja disponível para todas as cidades planejadas.
    A companhia afirma ter aumentado a velocidade média da banda larga residencial em 21,4%, chegando atualmente a 4,9 Mbps. Houve aumento ainda de 33% na base com velocidade igual ou superior a 10 Mbps, que agora representa 27% do total. Com o lançamento dos novos planos em mais cidades, esses valores médios de conexão deverão aumentar no índice de análise de rede da empresa.
  21. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Aldinei Jose em Quem é o culpado pelos preços absurdos: o governo, as empresas ou nós mesmos?   
    Via TudoCelular
    Para todo mundo que já comprou um celular por meios oficiais no Brasil, isto é, fora do mercado “cinza” ou de promoções adquiridas juntamente com os planos de operadoras de telefonia, não é difícil notar que os preços praticados no país são extremamente elevados. O problema vai muito além dos preços de telefones, atingindo quase todas as categorias de bens compreendidos como não essenciais, como produtos eletrônicos em geral, carros, videogames e outros tipos de importação.
    O TudoCelular decidiu fazer este artigo para esclarecer um pouco o porquê deste fenômeno. Muitas pessoas colocam os altos preços na conta dos impostos praticados aqui, mas isto nem sempre é verdade, ainda que os mesmos certamente contribuam para o famoso “preço Brasil”. Vale lembrar, no entanto, que existem tantos produtos e situações que mostram que o problema é muito maior do que as taxas cobradas pelo governo, como as empresas que praticam taxas de lucro muito maiores do que o aceitável, além da criação de uma dita cultura de luxo no país, ambos os fatores são tão relevantes quanto os impostos que pagamos na aquisição de nossos produtos.
    Esperamos ser capazes de sanar as principais dúvidas que os consumidores ainda possuem sobre o preço dos seus produtos, e quem sabe conscientizá-los sobre como combater melhor a prática que levou a imposição destes padrões de preços por aqui.
     
    O iPhone mais caro do mundo?
    Ainda que o iPhone seja um excelente medidor de preços ao redor do mundo, existe hoje um mito frequentemente perpetuado por diversos sites de que o Brasil é o local do mundo que mais se paga por um iPhone. Ainda que o celular da Apple esteja longe de ser barato no Brasil, o preço aqui não se aproxima daquele praticado em diversas outras nações. Se nos atermos apenas ao países que fazem fronteira conosco, um pouco de pesquisa vai mostrar que é um iPhone de modelo recente na Argentina custa cerca de 3.500 dólares (quase 10 mil reais), no Uruguai seu preço fica por 1600 dólares (quatro mil reais, um pouco acima do preço brasileiro), já na Venezuela o preço realmente atinge patamares assustadores, chegando a custar 47 mil dólares. Na América do Sul, o menor preço para um celular desta marca é apresentado no Chile, onde um iPhone é vendido por cerca de 700 dólares.
    Apesar de não ser o mais caro do mundo, como mentem muitas publicações, isso não significa que o preço deste celular no Brasil não seja caro, muito pelo contrário, ele absolutamente foge da linha do custo/benefício por aqui. Especialmente quando levamos em conta que a Apple não se preocupa em absorver nem um pouco da carga tributária, e incentiva a prática das altas taxas de lucro no Brasil. Esse é talvez o principal motivo pelo qual o país é um dos maiores mercados de Android do mundo inteiro.
     
    Entendendo os impostos
    Conforme é anunciado por toda indústria e muitos especialistas, um dos vilões do preço são os impostos sobre os produtos, que chegam a 33% no Brasil, enquanto nos Estados Unidosvariam de 5% a 9,5%, dependendo do Estado. E essa regra vale para outros eletrônicos.
    Além das alíquotas colossais, a quantidade de taxas também pesa. São pelo menos seis sobre produtos do dia a dia (PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS e Cide). E cada um multiplica os tributos anteriores. Funciona assim: um aparelho de TV é taxado na saída da fábrica com Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e, ao ser vendido pelo comércio, paga Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) calculado sobre um preço já tributado. Resultado: carga tributária de 45% nos telões.
    Quais os tributos que incidem sobre a importação de produtos e serviços no Brasil?
    1. II (Imposto sobre Importação) - calculado sobre o valor aduaneiro, com alíquotas variáveis.
    2. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - calculado conforme a Tabela do IPI.
    3. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), alíquota variável segundo as alíquotas vigentes no Estado em que o desembaraço aduaneiro é procedido.
    4. PIS (Programa de Integração Social) - Importação (Lei 10.865/2004) - alíquota geral de 1,65%, existindo alíquotas específicas para determinados produtos.
    5. COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) - Importação (Lei 10.865/2004) - alíquota geral de 7,6%, existindo alíquotas específicas para determinados produtos.
    6. ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) - alíquota de 5% sobre a importação de serviços provenientes do exterior do País, especificados na Lei Complementar 116/2003.
    7. IOF - Imposto sobre Operações de Câmbio – Este imposto incide sobre a compra de moeda estrangeira, na liquidação da operação de câmbio para pagamento da importação de serviços, devido à alíquota de 0,38%.
    Além dos tributos acima citados há incidências de taxas como o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004 e tarifas aduaneiras.
    Esse velho companheiro do cotidiano brasileiro é provavelmente o primeiro responsável pelo encarecimento do iPhone no país. Só no estado de São Paulo, o total de impostos incididos no iPhone é de 46.76%. Importante lembrar que esse valor vai variar entre 7% e 18% de acordo com a região do país, pois o ICMS tem custos diversos nos Estados. Além disso, existe a cobrança de PIS, de 1.65%; do COFINS, de 7.6%; do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de 10%; e outros impostos diversos, como INSS, FGTS, Imposto de Renda, contribuição ao Senai, dentre outros, que somados equivalem a 9.51%.
    Apesar do alto custo dos impostos, eles nem de perto são capazes de justificar o preço absurdo dos produtos no Brasil. Temos muitas coisas que devem ser levadas em conta também, e outros setores fora do mundo dos celulares podem servir para nos dar o exemplo perfeito deste problema.
     
    Tablets e o incentivo Brasileiro (A Lei do Bem)
    Ano passado o governo decidiu prorrogar para o fim de 2018 a desoneração de computadores, notebooks, tablets, modems e smartphones. A medida foi criada pela “Lei do Bem”, que zerou a alíquota de PIS/Cofins, de 9,25%, que incidia sobre a venda desses equipamentos no varejo. Com a desoneração, os varejistas pagam menos impostos e podem vender os eletrônicos a preços menores.
    A lei, instituída pelo governo federal em 2011, não desonera os fabricantes, que seguem pagando os mesmos tributos de antes. Apesar disso, para eles, a medida é muito vantajosa uma vez que possibilita a queda de preço e o aumento das vendas.
    O ministério também destaca que a medida é benéfica no sentido de estimular a formalização do mercado de trabalho do setor. "Esse programa teve grande efeito de combate à informalidade e ao contrabando", afirmou o secretário do Ministério da Fazenda em entrevista à Folha de São Paulo.
    Esta lei nos forneceu um ótimo exemplo na hora de mostrar que os impostos não explicam, por si só, a razão dos altos preços no Brasil. De acordo com o subsídio dado aos tablets, pela “Lei do Bem”, e com isenção de PIS/Cofins e redução de IPI se montados no Brasil, os preços deveriam ter caído de forma considerável, e isso não aconteceu. Mesmo a pequena queda no período esteve muito mais ligada à concorrência entre as empresas do que a redução nos impostos.
    Em muitos casos o preço se manteve ou até mesmo aumentou. O iPad é o principal exemplo: a Foxconn recebeu incentivos fiscais para fabricar produtos da Apple no país. No entanto, o preço do iPad 3 não caiu nas lojas que vendiam o modelo brasileiro. Pior: o iPad 4 fabricado por aqui foi vendido por um preço até R$300 mais caro que o antecessor. Até o iPad 2 ficou mais caro na Apple Store online! Como explicar este fenômeno? Um aumento alto de preços no mesmo ano que estes produtos chegaram ser exonerados em até 15% pelo governo? Mais uma vez todo tipo de redução de impostos parece ter sido engolida pela tendência das empresas de praticar uma das maiores margens de lucro do mundo. E este problema fica ainda mais gritante quando olhamos para indústrias mais consolidadas, como as montadoras de carros.
     
    O caso dos carros e suas margens de lucros 3 vezes maiores
    Não é apenas no caso dos eletrônicos que o Brasil apresenta este problema de preços, a indústria automobilística também vende alguns dos carros mais caros do mundo no país, apesar de tentativas frequentes do governo de abaixar os impostos. Quando o Brasil começou a produzir os primeiros automóveis localmente, as fábricas argumentavam que seria impossível produzir um carro barato. Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores.
    Nos dias de hoje, o Brasil se encontra como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3,638 milhões de unidades por ano. Temos que nos questionar se três milhões e meio de carros não seria um volume suficiente para baratear esta indústria? Como os veículos brasileiros podem ser vendidos mais baratos no México do que aqui, aonde eles foram criados?
    É importante lembrar que também nessa indústria o imposto era apontado como o eterno vilão. Entretanto, ele caiu nos últimos anos. Em 1997, um carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100cv (o 2.0) recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool). Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool.
    Hoje este quadro é muito mais favorável, o carro 1.0 recolhe 27,1%, a faixa de 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina e 29,2% para motor a álcool. E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto é de 36,4% para carro a gasolina e 33,8% a álcool. Apesar do carro popular ter ganho um acréscimo de 0,9 ponto percentual na carga tributária, todas as demais categorias diminuíram dramaticamente seus impostos: o carro médio a gasolina paga atualmente 4,4 pontos percentuais a menos.
    Os carros tem sido muito beneficiados durante os anos de governo petista, enquanto a carga tributária total do País, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, aumentou de 30,03% no ano 2002 para 35,04% em 2012, o imposto sobre veículo não acompanhou esse aumento, reduzindo seu custo total a cada ano. Nem contamos neste caso com as ações deliberadas do governo para incentivar o país durante a crise econômica, como a redução do IPI (e sua completa exclusão no caso dos carros 1.0). A política de incentivos que começou em dezembro de 2008 conseguiu reduzir o preço do carro em mais de 5%, mas esse benefício nunca chegou ao consumidor.

    Como explicar este problema? As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Segundo uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, as empresas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes, já que, no geral, a margem de lucro é três vezes maior que em outros países.

    O Honda City é um dos melhores exemplos sobre o que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil. Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil. Restam portanto R$ 20,3 mil.
    Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%). A soma dá R$ 40.692,00. Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o “Lucro Brasil” (adicional) é de R$ 15.518,00, os R$ 56.210,00 do preço vendido no Brasil menos os R$ 40.692,00 do. preço de fabricação mais impostos.
    Segundo o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pelo mercado. Para ele o que vale é o "valor percebido pelo cliente". Em uma entrevista com o UOL ele esclareceu um pouco a dinâmica dos preços para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil:
    Por ser um mercado ainda mais antigo do que o de celulares e eletrônicos, estas práticas perversas demonstram o verdadeiro fator que afeta os altos preços no país, o dito “Lucro Brasil”.
     
     
    Razões do “Lucro Brasil”
    Podemos perceber que é evidente que o discurso “a culpa é dos impostos” é uma grande furada, então de quem é a culpa deste terrível elemento que é o lucro Brasil? A verdade é que ele é composto de diferentes problemas, mas não podemos negar que nós como consumidores somos uma parte relevante da equação.
    Há cerca de dois anos atrás, eu trabalhava como jornalista na França e tive uma chance muito especial de ver claramente um exemplo vivo desta cultura de preços por aqui. Naquela ocasião, a banda Garbage estava com uma excelente turnê mundial que revisitava os principais sucessos de seus quase 20 anos de carreira. Por uma feliz coincidência, a banda tocou em minha cidade (Lyon), cerca de duas semanas depois de passar pelo Rio de Janeiro, aonde tantos dos meus amigos foram prestigiar o show.
    Trata-se da mesma banda, fazendo a mesma turnê, com o mesmo número de técnicos e músicos e uma casa de shows muito similar em tamanho e estrutura. A diferença era o preço de entrada, lembro que paguei cerca de 20 euros (cerca de 65 reais em 2013) na ocasião, enquanto a maioria dos meus amigos no Rio tiveram que desembolsar um valor entre 200 e 300 reais, sem contar todas as dezenas de subdivisões como pista e “pista prime” que também não existiam na versão francesa do show.
    Outra diferença marcante? O show do Rio teve todos os seus ingressos vendidos com várias semanas de antecedência. No caso de Lyon, que apesar de ser uma cidade bastante grande para o padrão Europeu, era fácil notar que o espetáculo não chegava nem mesmo perto da lotação da casa. A conclusão dessa pequena história? Os brasileiros sempre pagam os altos preços que lhe são demandados? Como podemos reclamar que todos os shows de música no país chegam atualmente por aqui custando quantias absurdas, muitas vezes na casa dos quinhentos reais, quando todos eles têm seus ingressos esgotados?
    O mesmo vale para todos os outros absurdos. Um dos motivos mais relevantes do porquê iPhones, Playstations 4 e tablets aparecem por aqui custando o triplo de seu preço inicial, às vezes na casa dos quatro mil reais, é porque existem muitas pessoas que os pagam neste patamar.
    No caso do telefone da Apple, sabemos que ele é um objeto de desejo da maioria dos usuários brasileiros, e o brasileiro não só deseja, como compra o iPhone. Vale lembrar do que acontece todas as vezes que um desses produtos tem o seu lançamento oficial no Brasil: os seus primeiros estoques são esgotados rapidamente, com uma nova remessa sendo enviada somente depois de semanas. Isso que nos leva a velha fórmula: uma grande procura ao lado de pouca oferta é sinônimo de preços altos.
    Aqui vivemos a ideia plena do consumo de luxo. Onde o potencial “hype” que um produto possui, o valoriza no mercado a tal ponto que ele acaba por atingir os preços absurdos praticados aqui. A estratégia vem funcionando ao longo dos lançamentos de novos iPhones. Esta é, em nossa opinião, a raiz dos preços mais altos. O site The Verge, em entrevista com o antropólogo José Carlos Aguiar, já falou sobre esse fator no caso brasileiro:
    O que nos traz ao maior problema do lucro Brasil. Se as pessoas continuam consumindo estes produtos a um custo absurdo, para que baixar o preço? E na medida em que estes produtos existem justamente para representar status, não há muito sentido em deixá-los mais barato. Nada reforça mais esta visão do que a prática cada vez mais comum de alugar iPhones no Brasil para ir à balada. Este é exatamente o tipo de postura por parte dos consumidores que permite que os preços fiquem lá no alto.
    Sabemos que a distribuição de renda no Brasil ainda é uma das piores no mundo inteiro. A sua grande concentração é a maior responsável pela valorização de status nas compras. Vivemos em um país onde as diferenças são demarcadas através do consumo, mesmo que para isso tenha que se pagar mais. Comprar determinado carro, celular ou iogurte no Brasil é algo que “separa” seus consumidores das classes sociais que se encontram “abaixo” deles.
    O antropólogo Roberto Da Matta deu uma entrevista à revista Trip na qual ele fala como o Brasil está importando o modelo americano de consumo excessivo, mas mantendo a desigualdade no país:
     
    Governo também tem culpa no Lucro Brasil
    Apesar de tudo isso, não podemos colocar toda culpa do “Lucro Brasil” apenas nas empresas inescrupulosas e nos consumidores de classe média que perseguem um status diferenciado do resto da massa. Existem outros fatores que incidem sobre estes problemas, como o protecionismo e a burocratização do processo empresarial no Brasil.
    Tivemos sorte nos últimos anos com o fortalecimento da economia, que aumentou a competição graças à crise no mundo desenvolvido e estimulou as empresas a buscarem os grandes mercados emergentes. Também não podemos esquecer o forte crescimento do consumo no país impulsionado pelo aumento da renda e do crédito, resultados das políticas petistas de crescimento da Classe C. Estes fatores criaram um mercado maior e foram vitais em reduzir um pouco as margens de lucro.
    Apesar disso, ainda vivemos em um país com uma burocracia absurda, corrupção, carga tributária elevada, regime tributário complexo, infraestrutura ruim, uma mão de obra cara e de pouca especialização, além de outros tantos problemas. Todos eles dificultam muito a criação e chegada de empresas por aqui, aumentando o risco de seus investimentos. A consequência direta do crescimento do risco é a diminuição da competição. Obviamente, sem competição as empresas que monopolizam o mercado sobem seus preços e aumentam margens de lucro encarecendo os produtos.
    Existem poucas soluções para reduzir margens e preços. O governo precisa eliminar a burocracia e simplificar a legislação. Deve ser mais fácil criar e consolidar pequenas empresas no Brasil, desta maneira, estimulando a competição. É importante também garantir que uma ampla reforma tributária aconteça no país, uma que desonere o número de impostos sobre produto e se foque mais nos impostos de renda (e ainda outros impostos relevantes, como a taxação de grandes fortunas) de modo que o Estado continue viabilizado e preocupado com a justiça social, mas o mercado seja um pouco mais flexível para o comércio, incentivando investimentos diversos. O benefício será dos consumidores que poderão ter acesso a produtos com preços mais justos com mais frequência.
    Talvez nunca cheguemos ao mesmo preço dos Estados Unidos. Os países da Europa Ocidental, por exemplo detém o título de mantenedoras dos iPhones 6 mais caros do mundo, enquanto eles não são lançados oficialmente nos países em desenvolvimento. A França em particular tem sido apontada como o local mais caro para se comprar este dispositivo no momento. Apesar disso, graças ao alto salário mínimo local e o extenso trabalho do estado francês para garantir os direitos de seus residentes, a maioria dos franceses pode comprar um iPhone sem sentir o impacto do preço elevado dele em seu dia a dia.
    Torçamos para que estas medidas sejam implementadas de forma que os brasileiros finalmente consigam comprar celulares e outros produtos à custos similares ao mercado europeu que, apesar de mais caros do que os praticados nos Estados Unidos, levam em conta todas as necessidades de um estado como o Brasil, que deve se manter comprometido com o bem estar de seus cidadãos e a justiça social.
    Autoria de Felipe Velloso
  22. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Nicholas Fávaro em Novos planos de 25 e 35 Mbps do Oi Velox já estão disponíveis   
    No último mês a OI tinha revelado que a empresa iria dar uma reformulada em seus planos através de um processo de reestruturação interna. Com isso, a companhia deseja voltar a crescer no segmento de internet banda larga ao estrear um novo backbone ótico que será capaz de levar a tecnologia VDSL com velocidade de até 35 Mbps para clientes residenciais. Além disso, planeja ampliar a base de acessos de fibra até a residência (FTTH) durante o segundo semestre para clientes finais e lançando o GPON corporativo.
    Entre as novidades, a empresa irá oferecer novas velocidades para o Oi Velox que irão de 20 a 35 Mbps. Atualmente, na maior parte das cidades onde a empresa opera, a velocidade máxima disponível é de apenas 15 Mbps, muito abaixo do que suas concorrentes vêm oferecendo atualmente com planos além de 100 Mbps. Já a oferta corporativa planeja reduzir custos no acesso à rede e é destinado principalmente às pequenas e médias empresas.
    Como usual, a Oi continuará usando a tecnologia VDSL para aproveitar toda o cabeamento da empresa. Com isso, a taxa de upload ficará limitada a 3 Mbps para os novos planos, que estará disponível nos 503 municípios onde a Oi oferece banda larga atualmente. Para conferir se a sua cidade está dento desta lista, basta acessar o site da companhia. No entanto, é bom lembrar as novas velocidades de 25 e 35 Mbps só estão disponíveis para algumas cidades, mas Oi informa que em breve irá ampliar a quantidade de ofertas.

    Os preços variam para cada região, mas podemos esperar os seguintes valores médios: 20 Mbps e 25 Mbps custam R$ 79,90 e 35 Mbps saem por R$ 89,90, ambos no combo com telefone fixo. Se você quiser contratar a banda larga avulsa, os valores sobrem para R$ 138,07 e R$ 148,07, respectivamente. Esses valores são mediante fidelização por 12 meses. A tecnologia VDSL exige um modem específico, que será distribuído gratuitamente pela operadora e tem Wi-Fi integrado.
    Se você já conta com o Velox e deseja descobrir se as novas velocidades estão disponíveis para você, confira a página de migração de planos da companhia. Para quem mora em Belo Horizonte já poderá aproveitar as novas ofertas da Oi. Aqueles de outras regiões terão que esperar mais um pouco. Até o final de 2016, Oi espera que a novidade esteja disponível para todas as cidades planejadas.
    A companhia afirma ter aumentado a velocidade média da banda larga residencial em 21,4%, chegando atualmente a 4,9 Mbps. Houve aumento ainda de 33% na base com velocidade igual ou superior a 10 Mbps, que agora representa 27% do total. Com o lançamento dos novos planos em mais cidades, esses valores médios de conexão deverão aumentar no índice de análise de rede da empresa.
  23. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Ivan kern nunes em Novos planos de 25 e 35 Mbps do Oi Velox já estão disponíveis   
    No último mês a OI tinha revelado que a empresa iria dar uma reformulada em seus planos através de um processo de reestruturação interna. Com isso, a companhia deseja voltar a crescer no segmento de internet banda larga ao estrear um novo backbone ótico que será capaz de levar a tecnologia VDSL com velocidade de até 35 Mbps para clientes residenciais. Além disso, planeja ampliar a base de acessos de fibra até a residência (FTTH) durante o segundo semestre para clientes finais e lançando o GPON corporativo.
    Entre as novidades, a empresa irá oferecer novas velocidades para o Oi Velox que irão de 20 a 35 Mbps. Atualmente, na maior parte das cidades onde a empresa opera, a velocidade máxima disponível é de apenas 15 Mbps, muito abaixo do que suas concorrentes vêm oferecendo atualmente com planos além de 100 Mbps. Já a oferta corporativa planeja reduzir custos no acesso à rede e é destinado principalmente às pequenas e médias empresas.
    Como usual, a Oi continuará usando a tecnologia VDSL para aproveitar toda o cabeamento da empresa. Com isso, a taxa de upload ficará limitada a 3 Mbps para os novos planos, que estará disponível nos 503 municípios onde a Oi oferece banda larga atualmente. Para conferir se a sua cidade está dento desta lista, basta acessar o site da companhia. No entanto, é bom lembrar as novas velocidades de 25 e 35 Mbps só estão disponíveis para algumas cidades, mas Oi informa que em breve irá ampliar a quantidade de ofertas.

    Os preços variam para cada região, mas podemos esperar os seguintes valores médios: 20 Mbps e 25 Mbps custam R$ 79,90 e 35 Mbps saem por R$ 89,90, ambos no combo com telefone fixo. Se você quiser contratar a banda larga avulsa, os valores sobrem para R$ 138,07 e R$ 148,07, respectivamente. Esses valores são mediante fidelização por 12 meses. A tecnologia VDSL exige um modem específico, que será distribuído gratuitamente pela operadora e tem Wi-Fi integrado.
    Se você já conta com o Velox e deseja descobrir se as novas velocidades estão disponíveis para você, confira a página de migração de planos da companhia. Para quem mora em Belo Horizonte já poderá aproveitar as novas ofertas da Oi. Aqueles de outras regiões terão que esperar mais um pouco. Até o final de 2016, Oi espera que a novidade esteja disponível para todas as cidades planejadas.
    A companhia afirma ter aumentado a velocidade média da banda larga residencial em 21,4%, chegando atualmente a 4,9 Mbps. Houve aumento ainda de 33% na base com velocidade igual ou superior a 10 Mbps, que agora representa 27% do total. Com o lançamento dos novos planos em mais cidades, esses valores médios de conexão deverão aumentar no índice de análise de rede da empresa.
  24. Gostei
    Reginaldo SanTana™ recebeu reputação de Flavio Rufino em Quem é o culpado pelos preços absurdos: o governo, as empresas ou nós mesmos?   
    Via TudoCelular
    Para todo mundo que já comprou um celular por meios oficiais no Brasil, isto é, fora do mercado “cinza” ou de promoções adquiridas juntamente com os planos de operadoras de telefonia, não é difícil notar que os preços praticados no país são extremamente elevados. O problema vai muito além dos preços de telefones, atingindo quase todas as categorias de bens compreendidos como não essenciais, como produtos eletrônicos em geral, carros, videogames e outros tipos de importação.
    O TudoCelular decidiu fazer este artigo para esclarecer um pouco o porquê deste fenômeno. Muitas pessoas colocam os altos preços na conta dos impostos praticados aqui, mas isto nem sempre é verdade, ainda que os mesmos certamente contribuam para o famoso “preço Brasil”. Vale lembrar, no entanto, que existem tantos produtos e situações que mostram que o problema é muito maior do que as taxas cobradas pelo governo, como as empresas que praticam taxas de lucro muito maiores do que o aceitável, além da criação de uma dita cultura de luxo no país, ambos os fatores são tão relevantes quanto os impostos que pagamos na aquisição de nossos produtos.
    Esperamos ser capazes de sanar as principais dúvidas que os consumidores ainda possuem sobre o preço dos seus produtos, e quem sabe conscientizá-los sobre como combater melhor a prática que levou a imposição destes padrões de preços por aqui.
     
    O iPhone mais caro do mundo?
    Ainda que o iPhone seja um excelente medidor de preços ao redor do mundo, existe hoje um mito frequentemente perpetuado por diversos sites de que o Brasil é o local do mundo que mais se paga por um iPhone. Ainda que o celular da Apple esteja longe de ser barato no Brasil, o preço aqui não se aproxima daquele praticado em diversas outras nações. Se nos atermos apenas ao países que fazem fronteira conosco, um pouco de pesquisa vai mostrar que é um iPhone de modelo recente na Argentina custa cerca de 3.500 dólares (quase 10 mil reais), no Uruguai seu preço fica por 1600 dólares (quatro mil reais, um pouco acima do preço brasileiro), já na Venezuela o preço realmente atinge patamares assustadores, chegando a custar 47 mil dólares. Na América do Sul, o menor preço para um celular desta marca é apresentado no Chile, onde um iPhone é vendido por cerca de 700 dólares.
    Apesar de não ser o mais caro do mundo, como mentem muitas publicações, isso não significa que o preço deste celular no Brasil não seja caro, muito pelo contrário, ele absolutamente foge da linha do custo/benefício por aqui. Especialmente quando levamos em conta que a Apple não se preocupa em absorver nem um pouco da carga tributária, e incentiva a prática das altas taxas de lucro no Brasil. Esse é talvez o principal motivo pelo qual o país é um dos maiores mercados de Android do mundo inteiro.
     
    Entendendo os impostos
    Conforme é anunciado por toda indústria e muitos especialistas, um dos vilões do preço são os impostos sobre os produtos, que chegam a 33% no Brasil, enquanto nos Estados Unidosvariam de 5% a 9,5%, dependendo do Estado. E essa regra vale para outros eletrônicos.
    Além das alíquotas colossais, a quantidade de taxas também pesa. São pelo menos seis sobre produtos do dia a dia (PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS e Cide). E cada um multiplica os tributos anteriores. Funciona assim: um aparelho de TV é taxado na saída da fábrica com Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e, ao ser vendido pelo comércio, paga Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) calculado sobre um preço já tributado. Resultado: carga tributária de 45% nos telões.
    Quais os tributos que incidem sobre a importação de produtos e serviços no Brasil?
    1. II (Imposto sobre Importação) - calculado sobre o valor aduaneiro, com alíquotas variáveis.
    2. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - calculado conforme a Tabela do IPI.
    3. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), alíquota variável segundo as alíquotas vigentes no Estado em que o desembaraço aduaneiro é procedido.
    4. PIS (Programa de Integração Social) - Importação (Lei 10.865/2004) - alíquota geral de 1,65%, existindo alíquotas específicas para determinados produtos.
    5. COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) - Importação (Lei 10.865/2004) - alíquota geral de 7,6%, existindo alíquotas específicas para determinados produtos.
    6. ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) - alíquota de 5% sobre a importação de serviços provenientes do exterior do País, especificados na Lei Complementar 116/2003.
    7. IOF - Imposto sobre Operações de Câmbio – Este imposto incide sobre a compra de moeda estrangeira, na liquidação da operação de câmbio para pagamento da importação de serviços, devido à alíquota de 0,38%.
    Além dos tributos acima citados há incidências de taxas como o Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004 e tarifas aduaneiras.
    Esse velho companheiro do cotidiano brasileiro é provavelmente o primeiro responsável pelo encarecimento do iPhone no país. Só no estado de São Paulo, o total de impostos incididos no iPhone é de 46.76%. Importante lembrar que esse valor vai variar entre 7% e 18% de acordo com a região do país, pois o ICMS tem custos diversos nos Estados. Além disso, existe a cobrança de PIS, de 1.65%; do COFINS, de 7.6%; do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de 10%; e outros impostos diversos, como INSS, FGTS, Imposto de Renda, contribuição ao Senai, dentre outros, que somados equivalem a 9.51%.
    Apesar do alto custo dos impostos, eles nem de perto são capazes de justificar o preço absurdo dos produtos no Brasil. Temos muitas coisas que devem ser levadas em conta também, e outros setores fora do mundo dos celulares podem servir para nos dar o exemplo perfeito deste problema.
     
    Tablets e o incentivo Brasileiro (A Lei do Bem)
    Ano passado o governo decidiu prorrogar para o fim de 2018 a desoneração de computadores, notebooks, tablets, modems e smartphones. A medida foi criada pela “Lei do Bem”, que zerou a alíquota de PIS/Cofins, de 9,25%, que incidia sobre a venda desses equipamentos no varejo. Com a desoneração, os varejistas pagam menos impostos e podem vender os eletrônicos a preços menores.
    A lei, instituída pelo governo federal em 2011, não desonera os fabricantes, que seguem pagando os mesmos tributos de antes. Apesar disso, para eles, a medida é muito vantajosa uma vez que possibilita a queda de preço e o aumento das vendas.
    O ministério também destaca que a medida é benéfica no sentido de estimular a formalização do mercado de trabalho do setor. "Esse programa teve grande efeito de combate à informalidade e ao contrabando", afirmou o secretário do Ministério da Fazenda em entrevista à Folha de São Paulo.
    Esta lei nos forneceu um ótimo exemplo na hora de mostrar que os impostos não explicam, por si só, a razão dos altos preços no Brasil. De acordo com o subsídio dado aos tablets, pela “Lei do Bem”, e com isenção de PIS/Cofins e redução de IPI se montados no Brasil, os preços deveriam ter caído de forma considerável, e isso não aconteceu. Mesmo a pequena queda no período esteve muito mais ligada à concorrência entre as empresas do que a redução nos impostos.
    Em muitos casos o preço se manteve ou até mesmo aumentou. O iPad é o principal exemplo: a Foxconn recebeu incentivos fiscais para fabricar produtos da Apple no país. No entanto, o preço do iPad 3 não caiu nas lojas que vendiam o modelo brasileiro. Pior: o iPad 4 fabricado por aqui foi vendido por um preço até R$300 mais caro que o antecessor. Até o iPad 2 ficou mais caro na Apple Store online! Como explicar este fenômeno? Um aumento alto de preços no mesmo ano que estes produtos chegaram ser exonerados em até 15% pelo governo? Mais uma vez todo tipo de redução de impostos parece ter sido engolida pela tendência das empresas de praticar uma das maiores margens de lucro do mundo. E este problema fica ainda mais gritante quando olhamos para indústrias mais consolidadas, como as montadoras de carros.
     
    O caso dos carros e suas margens de lucros 3 vezes maiores
    Não é apenas no caso dos eletrônicos que o Brasil apresenta este problema de preços, a indústria automobilística também vende alguns dos carros mais caros do mundo no país, apesar de tentativas frequentes do governo de abaixar os impostos. Quando o Brasil começou a produzir os primeiros automóveis localmente, as fábricas argumentavam que seria impossível produzir um carro barato. Era preciso aumentar a escala de produção para, assim, baratear os custos dos fornecedores e chegar a um preço final no nível dos demais países produtores.
    Nos dias de hoje, o Brasil se encontra como o quinto maior produtor de veículos do mundo e como o quarto maior mercado consumidor, com 3,5 milhões de unidades vendidas no mercado interno e uma produção de 3,638 milhões de unidades por ano. Temos que nos questionar se três milhões e meio de carros não seria um volume suficiente para baratear esta indústria? Como os veículos brasileiros podem ser vendidos mais baratos no México do que aqui, aonde eles foram criados?
    É importante lembrar que também nessa indústria o imposto era apontado como o eterno vilão. Entretanto, ele caiu nos últimos anos. Em 1997, um carro 1.0 pagava 26,2% de impostos, o carro com motor até 100cv (o 2.0) recolhia 34,8% (gasolina) e 32,5% (álcool). Para motores mais potentes o imposto era de 36,9% para gasolina e 34,8% a álcool.
    Hoje este quadro é muito mais favorável, o carro 1.0 recolhe 27,1%, a faixa de 1.0 a 2.0 paga 30,4% para motor a gasolina e 29,2% para motor a álcool. E na faixa superior, acima de 2.0, o imposto é de 36,4% para carro a gasolina e 33,8% a álcool. Apesar do carro popular ter ganho um acréscimo de 0,9 ponto percentual na carga tributária, todas as demais categorias diminuíram dramaticamente seus impostos: o carro médio a gasolina paga atualmente 4,4 pontos percentuais a menos.
    Os carros tem sido muito beneficiados durante os anos de governo petista, enquanto a carga tributária total do País, conforme o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, aumentou de 30,03% no ano 2002 para 35,04% em 2012, o imposto sobre veículo não acompanhou esse aumento, reduzindo seu custo total a cada ano. Nem contamos neste caso com as ações deliberadas do governo para incentivar o país durante a crise econômica, como a redução do IPI (e sua completa exclusão no caso dos carros 1.0). A política de incentivos que começou em dezembro de 2008 conseguiu reduzir o preço do carro em mais de 5%, mas esse benefício nunca chegou ao consumidor.

    Como explicar este problema? As montadoras têm uma margem de lucro muito maior no Brasil do que em outros países. Segundo uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, as empresas no Brasil são responsáveis por boa parte do lucro mundial das suas matrizes, já que, no geral, a margem de lucro é três vezes maior que em outros países.

    O Honda City é um dos melhores exemplos sobre o que ocorre com o preço do carro no Brasil. Fabricado em Sumaré, no interior de São Paulo, ele é vendido no México por R$ 25,8 mil. Neste preço está incluído o frete, de R$ 3,5 mil, e a margem de lucro da revenda, em torno de R$ 2 mil. Restam portanto R$ 20,3 mil.
    Adicionando os custos de impostos e distribuição aos R$ 20,3 mil, teremos R$ 16.413,32 de carga tributária (de 29,2%) e R$ 3.979,66 de margem de lucro das concessionárias (10%). A soma dá R$ 40.692,00. Considerando que nos R$ 20,3 mil faturados para o México a montadora já tem a sua margem de lucro, o “Lucro Brasil” (adicional) é de R$ 15.518,00, os R$ 56.210,00 do preço vendido no Brasil menos os R$ 40.692,00 do. preço de fabricação mais impostos.
    Segundo o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pelo mercado. Para ele o que vale é o "valor percebido pelo cliente". Em uma entrevista com o UOL ele esclareceu um pouco a dinâmica dos preços para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil:
    Por ser um mercado ainda mais antigo do que o de celulares e eletrônicos, estas práticas perversas demonstram o verdadeiro fator que afeta os altos preços no país, o dito “Lucro Brasil”.
     
     
    Razões do “Lucro Brasil”
    Podemos perceber que é evidente que o discurso “a culpa é dos impostos” é uma grande furada, então de quem é a culpa deste terrível elemento que é o lucro Brasil? A verdade é que ele é composto de diferentes problemas, mas não podemos negar que nós como consumidores somos uma parte relevante da equação.
    Há cerca de dois anos atrás, eu trabalhava como jornalista na França e tive uma chance muito especial de ver claramente um exemplo vivo desta cultura de preços por aqui. Naquela ocasião, a banda Garbage estava com uma excelente turnê mundial que revisitava os principais sucessos de seus quase 20 anos de carreira. Por uma feliz coincidência, a banda tocou em minha cidade (Lyon), cerca de duas semanas depois de passar pelo Rio de Janeiro, aonde tantos dos meus amigos foram prestigiar o show.
    Trata-se da mesma banda, fazendo a mesma turnê, com o mesmo número de técnicos e músicos e uma casa de shows muito similar em tamanho e estrutura. A diferença era o preço de entrada, lembro que paguei cerca de 20 euros (cerca de 65 reais em 2013) na ocasião, enquanto a maioria dos meus amigos no Rio tiveram que desembolsar um valor entre 200 e 300 reais, sem contar todas as dezenas de subdivisões como pista e “pista prime” que também não existiam na versão francesa do show.
    Outra diferença marcante? O show do Rio teve todos os seus ingressos vendidos com várias semanas de antecedência. No caso de Lyon, que apesar de ser uma cidade bastante grande para o padrão Europeu, era fácil notar que o espetáculo não chegava nem mesmo perto da lotação da casa. A conclusão dessa pequena história? Os brasileiros sempre pagam os altos preços que lhe são demandados? Como podemos reclamar que todos os shows de música no país chegam atualmente por aqui custando quantias absurdas, muitas vezes na casa dos quinhentos reais, quando todos eles têm seus ingressos esgotados?
    O mesmo vale para todos os outros absurdos. Um dos motivos mais relevantes do porquê iPhones, Playstations 4 e tablets aparecem por aqui custando o triplo de seu preço inicial, às vezes na casa dos quatro mil reais, é porque existem muitas pessoas que os pagam neste patamar.
    No caso do telefone da Apple, sabemos que ele é um objeto de desejo da maioria dos usuários brasileiros, e o brasileiro não só deseja, como compra o iPhone. Vale lembrar do que acontece todas as vezes que um desses produtos tem o seu lançamento oficial no Brasil: os seus primeiros estoques são esgotados rapidamente, com uma nova remessa sendo enviada somente depois de semanas. Isso que nos leva a velha fórmula: uma grande procura ao lado de pouca oferta é sinônimo de preços altos.
    Aqui vivemos a ideia plena do consumo de luxo. Onde o potencial “hype” que um produto possui, o valoriza no mercado a tal ponto que ele acaba por atingir os preços absurdos praticados aqui. A estratégia vem funcionando ao longo dos lançamentos de novos iPhones. Esta é, em nossa opinião, a raiz dos preços mais altos. O site The Verge, em entrevista com o antropólogo José Carlos Aguiar, já falou sobre esse fator no caso brasileiro:
    O que nos traz ao maior problema do lucro Brasil. Se as pessoas continuam consumindo estes produtos a um custo absurdo, para que baixar o preço? E na medida em que estes produtos existem justamente para representar status, não há muito sentido em deixá-los mais barato. Nada reforça mais esta visão do que a prática cada vez mais comum de alugar iPhones no Brasil para ir à balada. Este é exatamente o tipo de postura por parte dos consumidores que permite que os preços fiquem lá no alto.
    Sabemos que a distribuição de renda no Brasil ainda é uma das piores no mundo inteiro. A sua grande concentração é a maior responsável pela valorização de status nas compras. Vivemos em um país onde as diferenças são demarcadas através do consumo, mesmo que para isso tenha que se pagar mais. Comprar determinado carro, celular ou iogurte no Brasil é algo que “separa” seus consumidores das classes sociais que se encontram “abaixo” deles.
    O antropólogo Roberto Da Matta deu uma entrevista à revista Trip na qual ele fala como o Brasil está importando o modelo americano de consumo excessivo, mas mantendo a desigualdade no país:
     
    Governo também tem culpa no Lucro Brasil
    Apesar de tudo isso, não podemos colocar toda culpa do “Lucro Brasil” apenas nas empresas inescrupulosas e nos consumidores de classe média que perseguem um status diferenciado do resto da massa. Existem outros fatores que incidem sobre estes problemas, como o protecionismo e a burocratização do processo empresarial no Brasil.
    Tivemos sorte nos últimos anos com o fortalecimento da economia, que aumentou a competição graças à crise no mundo desenvolvido e estimulou as empresas a buscarem os grandes mercados emergentes. Também não podemos esquecer o forte crescimento do consumo no país impulsionado pelo aumento da renda e do crédito, resultados das políticas petistas de crescimento da Classe C. Estes fatores criaram um mercado maior e foram vitais em reduzir um pouco as margens de lucro.
    Apesar disso, ainda vivemos em um país com uma burocracia absurda, corrupção, carga tributária elevada, regime tributário complexo, infraestrutura ruim, uma mão de obra cara e de pouca especialização, além de outros tantos problemas. Todos eles dificultam muito a criação e chegada de empresas por aqui, aumentando o risco de seus investimentos. A consequência direta do crescimento do risco é a diminuição da competição. Obviamente, sem competição as empresas que monopolizam o mercado sobem seus preços e aumentam margens de lucro encarecendo os produtos.
    Existem poucas soluções para reduzir margens e preços. O governo precisa eliminar a burocracia e simplificar a legislação. Deve ser mais fácil criar e consolidar pequenas empresas no Brasil, desta maneira, estimulando a competição. É importante também garantir que uma ampla reforma tributária aconteça no país, uma que desonere o número de impostos sobre produto e se foque mais nos impostos de renda (e ainda outros impostos relevantes, como a taxação de grandes fortunas) de modo que o Estado continue viabilizado e preocupado com a justiça social, mas o mercado seja um pouco mais flexível para o comércio, incentivando investimentos diversos. O benefício será dos consumidores que poderão ter acesso a produtos com preços mais justos com mais frequência.
    Talvez nunca cheguemos ao mesmo preço dos Estados Unidos. Os países da Europa Ocidental, por exemplo detém o título de mantenedoras dos iPhones 6 mais caros do mundo, enquanto eles não são lançados oficialmente nos países em desenvolvimento. A França em particular tem sido apontada como o local mais caro para se comprar este dispositivo no momento. Apesar disso, graças ao alto salário mínimo local e o extenso trabalho do estado francês para garantir os direitos de seus residentes, a maioria dos franceses pode comprar um iPhone sem sentir o impacto do preço elevado dele em seu dia a dia.
    Torçamos para que estas medidas sejam implementadas de forma que os brasileiros finalmente consigam comprar celulares e outros produtos à custos similares ao mercado europeu que, apesar de mais caros do que os praticados nos Estados Unidos, levam em conta todas as necessidades de um estado como o Brasil, que deve se manter comprometido com o bem estar de seus cidadãos e a justiça social.
    Autoria de Felipe Velloso
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