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Operadoras estão oferecendo a opção de ampliar a franquia de dados e diminuir a quantidade de minutos para ligação
 
Enquanto os adolescentes dos anos 1980 são retratados com o telefone grudado nas orelhas, os jovens atuais são frequentemente vistos com os celulares nas mãos. Essa geração que se comunica, principalmente, por mensagens instantâneas e usam mais dados do que a voz nos smartphones, mudaram não apenas a forma de conversar, mas também reformaram o setor de telefonia móvel. 
 
Para acompanhar esse novo comportamento, as operadoras precisaram flexibilizar os planos para atender as duas gerações: a que fala e a que digita. Como os pacotes para os celulares são comercializados para todos os tipos de usuários, as empresas passaram a oferecer a total personalização dos produtos, por exemplo, oferecendo a opção de ampliar a franquia de dados e diminuir a quantidade de minutos para ligação.
 
Diretor Comercial da TIM no Rio, Christian Krieger explica que a companhia tem 39% de usuários que compram mais dados, enquanto a fatia de pessoas com smartphones chega a 72%. “O público que prefere ter internet nos aparelhos é muito mais jovem em relação aos que priorizam as ligações”, disse. Ele acrescenta, ainda, que a receita de voz tem registrado uma queda considerável e foi preciso criar produtos para atrair os jovens, como o TIM beta. O plano, com preços de R$0,25 a R$ 0,50 por dia que usar, é composto de dados e toda a comunicação é feita por meio das redes sociais.
 
A operadora Claro também já se ajustou aos novos tempos. A empresa programa investir até o fim do ano mais R$ 6,3 bilhões na infraestrutura de internet móvel. “Nós fomos a primeira a desenvolver planos pós-pagos com foco no uso online e buscamos oferecer produtos personalizados, de acordo com as necessidades dos usuários”, afirma a diretora regional da Claro para o Rio e Espírito Santo, Gabriela Derenne.
 
Já a operadora Oi criou o plano Oi Galera (R$ 0,99 por dia que usar) com foco no acesso à internet e envio de SMS, além de ligações. De acordo com o diretor de Produtos e Mobilidade da empresa, Roberto Guenzburger, “pesquisas mostram que a socialização está no centro da vida do jovem e o celular é uma peça fundamental.” O diretor da agência de pesquisa de mercado e inteligência Hello Research, Diogo Bueno, alerta que as duas gerações precisam se sentir incluídas pelas empresas. “Isso exige das operadoras uma transformação no atendimento e na oferta de produtos e serviços, inclusive na aposta das gerações mais velhas estarem cada vez mais conectadas, explica.”
 
CONSEQUÊNCIAS 
 
Mesmo com as vantagens das mensagens instantâneas, como a rapidez de contato, a coordenadora pedagógica do Ibmec/RJ, Clarice Dahis, alerta para os possíveis danos do hábito. Segundo a especialista, essa geração se esconde atrás de um personagem, não demonstra emoção e tem problemas de concentração.
 
“O jovem se sente inseguro quando o celular não apita. Ele tem muito mais medo de ser excluído da sociedade. Ter muitas chamadas dos aplicativos é sinônimo de popularidade para ele. É preciso que os pais criem limites para ajudar os filhos”, recomenda.
 
Geração busca apenas rapidez
 
Atriz adolescente de 15 anos, Jeniffer Oliveira assume que nunca se comunica com as amigas por ligações, mas os dedos não param o dia inteiro. “Falo com elas por meio de aplicativos de textos e até as vejo na câmera do celular, mas só ligo em emergências”, conta a menina. Ela nem sabe se o plano que possui tem direito a minutos de voz. “Eu uso só a internet, o 3G na rua e wi-fi em casa, mas não tenho bônus para ligações no celular”, afirma.
 
Questionada do porquê de preferir digitar do que falar, a jovem diz que gosta de rapidez e agilidade. “É tudo muito prático na internet. Só de discar o número eu fico com preguiça”, brinca a menina.
 
Enquanto isso, a proprietária do Buffet Bolimbola, Emmanuelle Gonik, 36 anos, afirma que não abandonou o hábito de ligar e até prefere ouvir a voz das pessoas. “Eu acho mais funcional ligar e ter a resposta imediatada”. Ao contrário dos adolescentes, ela manda mensagens apenas em último caso. “Só quando preciso saber onde alguém está e não me atende.”
 
Já o filho adolescente, Túlio Gonik, 14 anos, como os outros jovens da mesma geração, não abre mão do smartphone. “ Prefiro falar por mensagem, é bom estar conectado e todos usam aplicativos. Esse é o espaço onde falamos mais rápido uns com os outros.”

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