Governo brasileiro troca melhor cobertura 4G por custo mais elevado nas licenças de transmissão

Uma fonte que supostamente trabalha para o governo brasileiro informou para o site reuters que o serviço de 4G na frequencia de 700MHz terá exigências mínimas, em troca de lotes mais caros. O leilão que deve ocorrer em agosto permitirá a expansão do serviço 4G no Brasil. Segundo a fonte, funcionários do tesouro tem pressionado reguladores de qualidade do serviço para diminuírem os requisitos de qualidade exigidos, já que isso não reduziria o valor proposto pelo governo. Novas regras poderiam abaixar o preço mínimo das licenças. Isso não seria bom para o tesouro, já que as operadoras candidatas pagariam um valor mais baixo pelos lotes. "Quando você define requisitos o preço do leilão cai porque você deixa de pagar ao governo para investir em melhorias na rede", disse a fonte para o site. Toda essa delonga prejudicará as grandes operadoras do país, já que elas tem investido no serviço e precisam ter uma maior área de abrangência para poder obter lucro. A atual frequencia de 2,5GHz utilizada no Brasil não é tão viável às operadoras, já que necessita de três vezes mais torres para cobrir uma área populosa. A utilização da frequencia de 700MHz poderia sobrecarregar a rede e tornar o sinal instável e a conexão lenta. "As operadoras não seriam obrigadas a oferecer um sinal de boa qualidade, já que não haveria uma regulamentação eficaz para isso", continua a fonte. Uma das opções do governo é aumentar o valor das novas licenças de 700 MHz, viabilizando os lotes somente para duas ou três grandes operadoras brasileiras. A ANATEL se opõe a este modelo de leilão, já que estaria excluindo uma ou mais operadoras da compra dos lotes.