Indústria de telecom reivindica novas frequências para a banda larga móvel

Fabricantes de equipamentos e soluções de telecomunicações querem debater a destinação das faixas de 2,3GHz e 3,4GHz para a banda larga móvel, após a licitação da frequência de 700MHz, que terá início em 2014. O CTO da Nokia, Wilson Cardoso, e o diretor da Qualcomm, Francisco Giacomini, defenderam a iniciativa hoje, durante o 57º Painel Telebrasil, que acontece até amanhã (22/05) em Brasília. Cardoso afirmou, na ocasião, que as operadoras precisarão de dez vezes mais espectros para conseguir atender à crescente demanda por tráfego de dados móveis. Além da discussão sobre as novas faixas, o executivo ressaltou a importância da aprovação urgente da lei geral das antenas, que ainda tramita na Câmara dos Deputados. Segundo o CTO da Nokia, para atender a demanda de dados serão necessárias 232 mil estações radiobase, 96 mil sites e 301 mil small cells, equipamentos que dependem da aprovação dos governos locais para instalação. Giacomini, por sua vez, defendeu a regulamentação do Acesso Compartilhado Autorizado (ASA), que assegura o uso dinâmico do espectro e oferece ganhos de até 18% na largura da banda disponível. A tecnologia já está em testes na Europa e, segundo o representante da Qualcomm, a destinação da faixa de 2,3 GHz no continente deve sair até o ano que vem. [Tele.síntese]