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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira que as operadoras de celular deverão investir na nova tecnologia de quarta geração (4G) mesmo sem terem alcançado ainda o retorno financeiro almejado com o padrão de terceira geração (3G).

O ministro admitiu que os serviços 3G ainda não teriam ainda dado o retorno esperado no país, não estariam "maduros". Inclusive, essa é uma queixa recorrente das prestadoras. As empresas têm usado a questão para lançar críticas relacionadas ao momento apropriado para a realização do leilão das frequências de 4G, na faixa de 2,5 Gigahertz (GHz), e sobre o rigor das obrigações de cobertura do serviço nos próximos anos.

"Achamos que é importante fazer o de quarta geração. Primeiro porque é importante que o Brasil esteja em linha com as principais tecnologias. Vamos ter aqui eventos importantes como a Copa do Mundo e depois as Olimpíados. Mas mesmo que não tivesse, temos uma demanda pela tecnologia de ponta que justifica fazer o leilão para o 4G", afirmou o ministro em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Bernardo disse ainda que, embora haja avanço expressivo na expansão da cobertura dos serviços 3G, a tecnologia está, até agora, presente em aproximadamente três mil municípios. No entanto, o leilão das frequências de 4G - previsto para o início de junho - exige a cobertura das primeiras cidades com a nova tecnologia a partir do próximo ano. "No edital de leilão do 4G estamos colcando obrigações para as empresas que ganharem de prosseguirem a implementação do 3G", disse Bernardo.

As regras contidas no edital, segundo Bernardo, não obrigarão as operadoras a oferecer a nova tecnologia em cidades menores que já contarão com o padrão tecnológico anterior. Portanto, esses municípios terão os serviços de voz e conexão à internet sem fio.

Desoneração para investimento

Outra medida de estímulo, ressaltada pelo ministro, está relacionada à medida provisória (MP) que irá desonerar a implantação de redes de telecomunicações. Segundo ele, a MP aguarda o último aval do Ministério da Fazenda para que seja publicada ainda neste mês.

Ele diz que é necessário fazer investimento para viabilizar o 3G de alta qualidade, o 4G e a banda larga popular. Por conta disso, está sendo preparada uma medida provisória com desoneração para o setor, que não saiu no fim do ano por dificuldade de definir os cortes de gasto que equiparariam a perda da receita. "Estamos no ponto para fazer a edição do que deve ser uma medida provisória", afirmou o ministro.

Baixa qualidade do serviço

Bernardo admitiu que o serviço 3G não alcança a qualidade que o usuário gostaria, sem conexão lenta, o que é resultado da sobrevenda do serviço. "Atribuo principalmente a uma coisa, a diferença entre investimentos e vendas. Na verdade, as empresas venderam muito mais do que corresponde aos investimento feitos. Você investe para atender 500 usuários em uma região e vende para mil. Isso significa uma sobrecarga que tem de ser resolvida com investimentos crescentes", disse.

Fonte: G1

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