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Está mais barato falar ao celular no Brasil. O custo médio do minuto caiu quase à metade nos últimos dois anos. Uma pesquisa da consultoria de telecomunicações Teleco mostrou que, entre abril de 2009 e março passado, o preço do minuto de quem fala ao celular passou de R$ 0,39 por minuto para R$ 0,22.

A pesquisa mostrou que a concorrência pesada entre as quatro grandes operadoras do mercado (Vivo, Claro, Tim e Oi) e o crescimento do número de usuários faz com que mais de um celular seja vendido a cada segundo no país – mais de 86 mil aparelhos vendidos por dia, ou 31 milhões ao ano. É o que diz Eduardo Levy, diretor-executivo do SindiTeleBrasil, que representa as empresas de telefonia.

- O Brasil é um dos países onde há maior competição entre os celulares. A cada segundo, uma nova linha é habilitada a operar no país. E a competição é benéfica para o consumidor porque reflete em preços baixos.

De 2009 até agora, o número de usuários cresceu de 153,6 milhões de usuários para mais de 210,5 milhões, em março, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Hoje, há mais de um celular por habitante, já que o país tem pouco mais de 193 milhões de pessoas. O brasileiro aumentou o tempo que gasta ao telefone: de 77 minutos ao mês, em média, para 110 minutos.

A Teleco diz que o preço do pacote de minutos ou dados é o que mais influencia na escolha da operadora – independentemente do preço do aparelho. A população de baixa renda puxa essa fila com o uso dos celulares pré-pagos.

- O preço pago para falar no celular se tornou o principal critério de escolha da operadora de celular entre os usuários com baixa utilização de serviços de dados, principalmente no pré-pago. Diante deste cenário, promoções cada vez mais agressivas em serviços de voz se tornaram a principal arma para a conquista de novos clientes.

Pesquisas de institutos internacionais mostram que, apesar da queda no preço, o brasileiro ainda paga muito para se comunicar com celulares. No ano passado, o Dirsi (Diálogo Regional sobre a Sociedade da Informação) afirmou que o Brasil tinha o custo de telefonia móvel mais caro das Américas.

Uma chamada pré-paga (local e de longa distância) de dois minutos e um SMS (mensagens de texto) por dia, durante um mês, custariam R$ 71,50 (US$ 45 pelo valor do dólar nesta quinta). Esse seria o preço do pacote mínimo. Na avaliação de Levy, ele não tem refletido a realidade da nossa concorrência.

- Quando os institutos fazem essas pesquisas, não avaliam o preço efetivamente praticado no dia a dia, só os planos básicos. E [os planos] não refletem a quantidade de promoções que temos.

Imposto na conta

Segundo Levy, o custo desse tipo de serviço poderia cair ainda mais se os impostos não fossem tão altos.

- O brasileiro paga em tributos mais do que o dobro do imposto da América Latina. Isso reflete diretamente no bolso do cidadão. O assinante hoje é onerado em mais de 40%. Essa carga é a mesma de quem gasta R$ 1.000 com celular por mês ou R$ 10 com pré-pago.

De acordo com a UIT (União Internacional de Telecomunicações), o brasileiro paga exatos 40,15% do valor da conta de celular em impostos. É como se, de cada R$ 100 da conta, mais de R$ 40 fossem tributos para o governo.

Na média do continente, a porcentagem é de 19,4%. O vice-campeão dessa conta é a República Dominicana, que cobra 28% de impostos sobre a conta. Depois aparecem Equador (27%), Argentina (24,6%) e Colômbia (20%).

Fonte: Marcel Gugoni, do R7

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