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O projeto ‘politicamente correto’ de país


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O projeto ‘politicamente correto’ de país (Editorial)

O Globo

Ricardo Noblat

É por si só assustador que o ministério denominado de Educação aprove um livro didático que admita erros de português, e se recuse a recolhê-lo. As entranhas desta história, porém, são até mais graves.

A autora do desatino, Heloísa Ramos, tem uma justificativa articulada para admitir, em livro a ser usado em sala de aula, erros toscos de concordância verbal.

Em vez de “certo” e “errado”, a autora usa os adjetivos “adequada” e “inadequada” para qualificar a gramática utilizada, a depender do ambiente social de cada um.

A explicação enviesada serve de pista para a origem do absurdo. Este atentado à educação pública brasileira, considerada por unanimidade o maior empecilho a que o país atinja um estágio superior de desenvolvimento e se mantenha nele, se assenta numa visão ideológica da sociedade alimentada pela “mitologia do excluído”, ligada à “síndrome da tutela estatal”.

Todo aquele considerado “excluído” da sociedade precisa de um tratamento especial — de acordo —, a lhe ser concedido por um Estado que tudo sabe e toma decisões supostamente corretas para resgatar pessoas da exclusão. Aqui estão os problemas.

É por ser um projeto estruturado, de raízes bem fincadas em Brasília nestes últimos oito anos, que o MEC se curva à escolha do livro sob a alegação de que ele passou pelo crivo de professores universitários. Ora, que seja.

O MEC não pode admitir qualquer material didático, em nome do que for, com erro. “Nós pega o peixe” está tão errado quanto dizer que a soma de 2 + 2 é igual a 5.

Deriva desta mesma mitologia do excluído o projeto, também engendrado no MEC, de fechar espaços de excelência há gerações a serviço do ensino de crianças com deficiências auditivas e visuais.

Por esta ideologia deformada, os alunos estão sendo “excluídos” da sociedade, ao terem um adequado atendimento especial. Mas é o contrário: fechados esses espaços (no Instituto Nacional de Educação de Surdos/Ines e no Instituto Benjamin Constant/IBC), estará, aí sim, decretada a marginalização dos portadores de necessidades especiais.

É característica desta cultura do politicamente correto produzir projetos com sérios efeitos colaterais. Um aluno que imagina poder atropelar as regras de concordância será condenado a empregos de baixa remuneração. Crianças com problemas físicos, sem professores e escolas preparados para elas, estarão de fato excluídas da sociedade.

Outro fruto legítimo deste projeto politicamente correto de país são as cotas raciais, em que o mérito fica em segundo plano, e toda a população branca de baixa renda terá barrado o acesso ao ensino superior. Ou, no mínimo, bastante dificultado.

Por trás de tudo está o entendimento de que cabe a um Estado forte, onipresente, zelar pela sociedade — mesmo que ela não queira. Decorre da síndrome da tutela estatal, num exemplo recente, a lei que estabelece a bizarra norma de roupas de baixo femininas e masculinas virem com etiquetas de alertas para cuidados com a saúde.

A mesma síndrome é responsável por tentativas ilegais da Anvisa de censurar peças publicitárias (apenas lei aprovada no Congresso tem este poder).

Até layout de farmácia foi regulamentado para evitar a “automedicação” (?!).

O livro de português com erros não é portanto algo isolado. Apenas se trata de um caso mais escabroso, decorrente da influência do politicamente correto em Brasília.

Obs:Um país não pode progredir se tudo nele for gerido por mesquinhos interesses políticos ou organizações não governamentais que só representam a sí mesmo e impõe a toda sociedade seus desejos individuais, isso é mais desonesto que uma ditadura que se julga o exemplo de correção a ser seguido por toda a sociedade.

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Aproveitado o embalo sobre a tal situação da educação no pais.

Depoimento da professora Amanda Gurgel

Professora fala da situação crítica da educação.

A professora do Rio Grande do Norte Amanda Gurgel virou heroína da causa da classe, por melhores salários, nas redes sociais. Um vídeo no qual ela silencia os deputados do RN em audiência pública quando fala sobre a situação crítica da educação já tem mais de 54 mil visualizações no You Tube. Desde o começo da tarde desta quarta-feira (18) o nome “Amanda Gurgel” já está na lista brasileira dos Trending Topics, no Twitter.

Em seu depoimento, Amanda Gurgel acaba fazendo um resumo preciso sobre o quadro da educação no Brasil apresentando seu contracheque de R$ 930 reais. “Como as pessoas até agora, inclusive a secretária Bethania Ramalho, apresentaram números, e números são irrefutáveis, eu também vou fazê-lo. Apresento um número de três algarismos apenas, que é o do meu salário, de R$ 930″.

A professora continua seu discurso dizendo que “os deputados deveriam estar todos constrangidos com a educação no estado do Rio Grande do Norte e no Brasil. Não aguentamos mais a fala de vocês pedindo para ter calma. Entra governo, sai governo, e nada muda. Precisamos que algo seja feito pelo estado e pelo Brasil. O que nós queremos agora é objetividade”.

http-~~-//www.youtube.com/watch?v=yFkt0O7lceA&feature=player_embedded

Até o presente momento 13246 pessoa(s) gosta(m), 70 pessoa(s) não gosta(m).

Osb: Parabéns para Professora Amanda Gurgel,sinceramente está de parabéns!

Na nossa sociedade precisamos de pessoas assim,como a professora.Claro,depois desse desabafo,as desculpas dos políticos “CORRUPTOS” vão encher a mídia,mas o crescimento de pessoas assim precisar florescer na nossa sociedade!

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