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Além dos fortes investimentos, necessários para superar o "atraso" em relação à concorrência, a empresa deverá ampliar oferta de serviços para além das pequenas e médias empresas. Após ter arrematado 11 dos 13 lotes da banda H no leilão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o desafio da Nextel será escolher o caminho mais curto para obter retorno sobre os grandes volumes de investimentos que serão realizados para construir uma rede nova em escala nacional. Logo após obter as licenças, a Nextel informou que investirá cerca 4,5 bilhões de reais nos próximos cinco anos para ampliar sua operação de 3G no Brasil. “O desafio será o de gerar retorno sobre os investimentos, devido aos altos custos do espectro e aos futuros gastos necessários para construir uma rede totalmente nova em uma escala nacional, incluindo as obrigações de cobertura impostas pela da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL)”, afirma o analista sênior da Informa Telecoms & Media, Marceli Passoni. Segundo o especialista, para concorrer num mercado já dominado por quatro grandes operadoras, a Nextel terá que adotar estratégias que vão além dos serviços voltados a pequenas e médias companhias, que são seu foco tradicional. Segundo ele “nichos de mercado continuarão a ser um fator de crescimento chave para a operadora, mas terá que ter como alvo também nichos do mercado consumidor, além de seu tradicional segmento de PMEs”. Para o analista, a Nextel também será obrigada a oferecer serviços diferenciados em 3G. “Alta qualidade de rede também pode ser um importante diferencial já que a empresa não pode competir em termos de cobertura da rede”, acrescenta Passoni. O presidente da consultoria especializada em telecomunicações Teleco, Eduardo Tude, concorda. “A atuação da Nextel estava limitada pela tecnologia que atuava (iDEN), que não permitia oferecer serviços de dados. Para aumentar sua atuação no mercado terá que investir pesado”. Tude também concorda que a Nextel deve apostar em estratégias diferenciadas, mas não acredita que a empresa será uma concorrente importante do setor no curto prazo. “Não espero que eles vão partir para uma briga com outras operadoras no início. Poderão, por exemplo, até entrar no segmento pré-pago, mas não vai ser para concorrer diretamente com as grandes.” Para o presidente da Teleco, o resultado do leilão, favorável à Nextel, foi um dos acontecimentos do ano. “Eles estão entrando no mercado com um atraso de dois anos. Terão mesmo que investir. Creio que não vão incomodar a concorrência tão cedo. Com o plano de investimentos, acho que a partir de 2013 deverão concorrer mais fortemente”, aposta a analista de Telecom da Corretora SLW, Rosângela Ribeiro, lembrando que “a transmissão de dados é o filé do setor”.

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