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Mercado vende marca de fruto tipo Grape por R$ 34,99, enquanto filé mignon sai a R$ 24,90

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Em época de sobe e desce de preços, a salada está se tornando mais cara que o prato principal.O DIA flagrou o quilo do tomate Grape sendo vendido por R$ 34,99 no hortifruti RR Gomes, no bairro de Fátima, Centro do Rio, enquanto o filé mignon estava mais barato, custando R$24,90 por peça no supermercado Extra, no outro lado da rua. Como brincou o presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios, José de Souza, atualmente, “só funcionários de alto escalão da Petrobras conseguem consumir esse tomate.” Já o filé mignon, colaboradores mais novos da companhia já têm condições de comprar.

Enquanto o tomate Grape custa acima de R$ 30 o quilo, o mais comum, Débora, tem preços entre R$ 2,99 e R$ 10 pela mesma quantidade. Optando pelo mais barato, o consumidor leva para casa o triplo do fruto. Com a carne bovina, a comparação é semelhante. O fígado, considerado uma peça pouco nobre, está custando cerca de R$ 5. Ou seja, a carne de primeira custa quase cinco vezes mais.

Souza explica que todos os alimentos sofreram pressão nos últimos meses, em razão das altas temperaturas. “Esse calor não era sentido há 50 anos, então é normal ter um sofrimento na agricultura. Os produtos não aguentam”. Em relação à carne bovina, Souza diz que o a influência não é sazonal, mas sim, política. “No Brasil, a pecuária fica na mão de poucas grandes empresas, e como a concorrência é baixa, é normal o preço subir.”

A contadora Sandra Moraes, de 63 anos, sente a alta dos preços pesando no orçamento familiar. “Tenho que revezar entre a carne de primeira e segunda, dependo das promoções”, disse. Ela conta, ainda, que comprava filé mignon por menos de R$ 10 há dois anos. “A minha missão agora é gerenciar bem”.

Com o gerente de bar, Paulo Souza, 40 anos, não é diferente. “Faço compras para o estabelecimento em que trabalho e para a minha casa. Sempre ando entre os mercados para achar preços mais baixos, mas está difícil de encontrar”, afirmou.

O alento, segundo o economista da Fundação Getulio Vargas, André Braz, é que os produtos terão uma queda de valores nos próximos meses. “Com o clima mais estável e com menos estiagem e calor é natural que os preços de legumes e verduras caiam.” Ele ainda recomenda que, enquanto isso, os consumidores dêem preferência aos alimentos da estação, como abacate. Assim, comer bem pode não pesar muito no bolso se o consumidor souber escolher os produtos certos”, aconselha.

Falta de chuva fez preço subir

A alta que os alimentos estão enfrentando é sazonal, ou seja, depende diretamente do clima que andou quente e sem chuvas. Na última semana, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas, os alimentos subiram 0,83%, pressionado, principalmente, pela alta de 42,56% para 44,43% do tomate.

O Grupo Alimentos provocou, ainda, uma elevação de 0,94% ante 0,86% nas refeições servidas em bares e restaurantes. Em compensação, caiu o ritmo de alta das frutas cotadas na média em 1,84% ante 4,21%. A maçã, por exemplo, registrou queda de 4,86% ante um recuo de 2,12%.

“A questão grave é quando todos os preços da cesta básica estão subindo. Se os produtos in natura ficam mais caros por conta do clima, isso pode incomodar, mas tal inconveniente é por tempo limitado”, explica o economista da FGV, André Braz. Em geral, os preços desses alimentos caem nas estações mais frias, como outono e inverno, compensando as altas acumuladas no verão.

O economista recomenda, ainda, que o consumidor substitua os alimentos conforme a estação. Segundo o levantamento feito por técnicos da Divisão Técnica da Ceasa-RJ, em março, por exemplo, o consumidor deve dar preferência a repolho, chicória, abóbora, berinjela, chuchu, pepino, pimentão, quiabo, aipim, cenoura, abacate, banana nanica, goiaba, limão taiti, maçã nacional, melancia, pinha e uva Itália. Entre os produtos a serem evitados estão espinafre, jiló, tomate, vagem, batata doce, abacaxi, laranja lima, mamão havaí, melão, morango, tangerina, pêssego e uva rosada.

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