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Uma nova tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos e na Europa faz com que células do câncer se autodestruam.

Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology e da ETH Zurich, na Suíça, conseguiram programar as células para determinar o momento em que elas haviam se tornado cancerígenas – e, se sim, cometer suicídio.

A técnica, publicada na revista Science, poderia ser usada para desenvolver marcadores para cada tipo específico de tumor.

Para combater o câncer, os pesquisadores partiram de um mecanismo existente em todas as células: a capacidade de autodestruição. Em algum momento de sua vida, toda célula recebe uma ordem alertando que é hora de morrer. Isso pode acontecer pela “idade” ou por alguma complicação detectada em seu interior. O objetivo, portanto, é fazer a célula ser capaz de detectar o momento em que se torna cancerígena e fornecer mecanismos para essa transformação disparar a ação de “suicídio”.

Circuito

Os pesquisadores criaram um circuito lógico, um sistema que toma decisões baseadas em muitos “inputs”. O circuito é feito de genes que detectam moléculas especificas da célula cancerígena – no caso, o teste foi feito com câncer nas células da coluna cervical.

Se as moléculas corretas estiverem presentes, os genes começam a produzir uma proteína que estimula a morte programada da célula. A molécula escolhida foi o microRNA, um segmento de RNA que possui cerca de mil sequências diferentes em humanos.

A chave é que cada tipo de célula cancerígena possui seu próprio perfil de microRNAs: geralmente, muitos de algum tipo e poucos de outro. O objetivo dos pesquisadores era distinguir o perfil de uma célula cancerígena específica da cervical, a HeLa, de outras. Para isso, selecionaram seis tipos de microRNAs que, juntos, diferenciam a HeLa.

O próximo passo foi criar um gene sintético para a proteína que promove a morte celular (hBax). Para não matar nenhuma célula saudável, o gene conta com um forte sistema de checagem: somente se todos os níveis de microRNA baterem, a célula produz a proteína e morre.

Este é o primeiro sistema que consegue identificar seis marcadores biológicos diferentes dentro de uma célula cancerígena. Os outros existente identificam apenas um ou dois.

Agora, o próximo passo é otimizar o método para evitar qualquer tipo de falso positivo na detecção de uma célula cancerígena. Em seguida, os pesquisadores devem partir para testes com animais e, eventualmente, humanos.

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