Windows Phone 7 – o novo desafiador no mercado de smartphones

O mercado dos smartphones atualmente tem se tornado uma briga entre Apple (com o iPhone), Google (Android) e RIM (BlackBerry). No entanto, este cenário acaba de ganhar um novo concorrente: o Windows Phone 7, desenvolvido pela Microsoft.

Construído do zero, o Windows Phone 7 é tido como a tentativa definitiva da empresa de adentrar no mercado de smartphones depois do criticado Windows Mobile. Voltado para um público mais consumidor (ao contrário do seu antecessor), ele representa a mudança mais importante e impactante a acontecer nos últimos anos, pois ele é uma aposta grande da Microsoft no futuro da empresa.

isualmente, o WP7 é a maior mudança desde o iOS. Tudo é bastante clean e simples – os ícones são quadrados coloridos ou com fotos de pessoas, os textos são gigantes, quase sempre na cor branca e quase sempre o fundo é preto. E se você não gostar do estilo, não tem muito o que você possa fazer para mudar, já que as opções de personalização são altamente escassas.

Três conceitos são inseridos pela Microsoft na interface do Windows Phone 7: Hubs, Live Tiles e a barra de Apps. Os Hubs são, basicamente, apps panorâmicos que se dividem em diferentes telas. Ironicamente, o que realmente prova que o conceito de Hub funciona são os apps de terceiros que o utilizam, tais como Twitter, Netflix, Foursquare e Facebook, movendo-se entre telas para chegar às menções ou para ver os check-ins dos seus amigos.

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Os Live Tiles são os ícones da tela inicial que eles se atualizam automaticamente com informações novas, como o número de e-mails não lidos. Mas as Tiles não fazem o bastante para funcionarem como widgets completos: o ícone para a previsão do tempo, por exemplo, não mostra a previsão. Já a barra para Apps é um menu/barra de tarefas semipersistente que esconde mais ações, como compor um novo email ou mudar entre abas no Internet Explorer. É um mal necessário, dado a forma como a Microsoft reduziu a interface na tela.

O WP7 ainda é o smartphone que atinge o melhor equilíbrio entre armazenamento local e na web, utilizando a nuvem para informações como contatos e apps. Os contatos do Facebook e do Google entram no sistema, são sincronizados e se integram ao aparelho muito bem. O serviço de encontrar seu celular perdido, upload de fotos e sincronização de notas são embutidos, automáticos e gratuitos.

O sistema em si é muito, muito bom, mesmo que embrionário às vezes, muito parecido com o primeiro iPhone. Na verdade, são os apps que vão tornar o Windows Phone algo útil. A Microsoft não vai ter 250.000 apps quando for lançado, mas parece que eles terão muito do que é necessário. Além disso os primeiros aplicativos disponíveis são ótimos. Dito isto, ainda é muito difícil encontrar coisas, especialmente porque não há muitas coisas na loja ainda. Este poderia ser o melhor lançamento de plataforma até hoje.

Seis empresas de hardware já lançaram ou pretendem lançar aparelhos com o sistema Windows Phone 7: Dell, Garmin-Asus, HTC, LG, Samsung, Sony Ericsson, Toshiba e Qualcomm. A HP esteve por um certo tempo nesta lista, mas acabou abandonando o desenvolvimento de um celular WP7 para se focar no seu próprio sistema operacional recém-adquirido, o WebOS.

Por enquanto, o Windows Phone 7 lembra muito o primeiro iPhone: bytes e mais bytes de potencial, mas que por enquanto está pouco usado. Com uma interface elegante e fácil de usar, o WP7 já se mostra um bom sistema operacional. Levando em conta onde a Microsoft estava há um certo tempo, isto já é um belo progresso para Steve Ballmer & cia.