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Tecnologia microfluídica: como ela pode revolucionar as telas


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Telas com menor consumo de energia e imagens mais brilhantes são algumas das possibilidades da tecnologia recém-descoberta.

Um dos principais objetivos da indústria atual é encontrar meios de produzir novas tecnologias que, de uma forma ou de outra, consigam apresentar maior qualidade, mas com um consumo menor de energia. A tendência pode ser facilmente percebida em aparelhos de TV, smartphones, automóveis e diversos outros produtos.

Assim, baterias de maior duração, equipamentos eletrônicos com tecnologias que permitam menor consumo de energia e, até mesmo, carros elétricos parecem ser o assunto mais evidente na pauta do mundo tecnológico. Contudo, os materiais utilizados atualmente parecem estar chegando ao seu limite. O que então poderia ser feito para que o consumo fosse ainda menor?

Cientistas da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, anunciaram uma descoberta que pode representar um novo divisor de água se colocada em prática. Trata-se de uma tecnologia chamada de microfluídica que, na prática, mostra ser possível transformar a luz do ambiente em backlight para painéis de TV.

Entenda a tecnologia microfluídica

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Como conseguir uma imagem tão nítida e brilhante quanto a produzida pelos melhores aparelho de TV atuais com um consumo de energia próximo de zero? Foi com essa hipótese que Jason Heikenfeld, coordenador de pesquisa da Universidade de Cincinnati, colocou seu grupo de trabalho em ação.

O resultado foi a descoberta de uma tecnologia capaz de produzir telas eletrônicas mais brilhantes sem a necessidade de utilizar uma bateria de alimentação para produzir a luz de fundo. Mas como isso é possível?

A técnica descoberta pelo grupo consiste em utilizar a luz do ambiente e transformá-la em um elemento potencializador das cores geradas pela TV. Assim, em vez de um painel de backlight ativo fazer a função de emissor de luz, uma espécie de espelho se encarrega de capturar a luz ambiente e transformá-la em luz de fundo.

Outro grande diferencial é que ela pode ser facilmente adaptada com quase todas as tecnologias existentes na atualidade. Assim, não importa se a tela é de LCD, LED, o novo dispositivo é capaz de potencializar as cores de ambas e, ainda dispensar os backlights.

E assim a luz se fez

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Para que seja possível transformar a luz ambiente em um painel backlight, é preciso aplicar sobre as telas atuais uma nova camada. Entre essa nova tela adicional e a tela padrão do televisor, duas substâncias tornam possível o processo de transformação.

Logo abaixo da superfície da tela, duas camadas líquidas, um óleo e um fluido de dispersão de pigmentos, similar ao encontrado nas impressoras jato de tinta, compõem o que os pesquisadores batizaram de tecnologia microfluídica.

Ao passar pela tela, a luz ambiente atravessa as duas camadas líquidas e atinge uma barreira de eletrodos reflexivos. Os eletrodos funcionam como uma espécie de espelho, que reflete a luz novamente para que ela atravesse as duas camadas líquidas.

Somada com as cores produzidas pelo aparelho, a sensação de brilho que o espectador recebe é intensa, proporcionando uma imagem de alta intensidade e com cores saturadas. Em termos de consumo de energia, ao menos no quesito backlight, o custo é zero, uma vez que os novos aparelhos dispensariam por completo esse quesito.

A melhor das novas tecnologias?

http-~~-//www.youtube.com/watch?v=NfgG2kaHi-I&feature=player_embedded

Embora a tecnologia microfluídica possa, em princípio, representar um avanço significativo na composição de aparelhos com menor consumo de energia, os pesquisadores estimam um prazo de pelo menos três anos até que ela possa começar a aparecer em novos modelos.

Contudo, a recém-descoberta tecnologia, embora seja a mais interessante até então, não é a única a ser levada em consideração pelos fabricantes. A Qualcomm desenvolveu um tecnologia menos eficiente em termos de qualidade, mas tão econômica quanto a microfluídica chamada Mirasol.

A Mirasol atende também pelo nome de tecnologia eletrocrômica e se assemelha muita mais ao visual utilizado nos e-readers, já que consegue exibir, no máximo, um terço do nível de brilho da tecnologia descoberta em Cincinnati. O visual final, como mostra o vídeo acima, se assemelha ao de um jornal, com tons de branco levemente acinzentados.

Alguns pontos negativos

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Obviamente, quando falamos de uma tecnologia que depende de luz ambiente para funcionar de maneira eficaz, estamos falando de uma variável que não é constante. Assim, de imediato esse aspecto se constitui em um ponto negativo. Afinal, seria preciso ter iluminação constante no ambiente, sob pena do brilho ser prejudicado.

Contudo, como toda descoberta inicial, esta é mais uma tecnologia que, caso caia no gosto dos fabricantes, passará por aperfeiçoamentos e melhorias até chegar a um ponto comercial competitivo. E, como teste, é provável que os televisores não sejam os primeiros aparelhos a receberem a novidade.

Segundo os pesquisadores, a tecnologia pode aparecer primeiro em e-readers e dispositivos que requeiram telas menores, como smartphones ou até mesmo tablets. Embora nos dispositivos com bateria a percepção da redução do consumo possa ser menor, eles podem servir como uma excelente plataforma de testes.

Você acredita que a tecnologia microfluídica pode revolucionar a maneira como as telas de TV são construídas?

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